Falta de chuva muda paisagem de Porto Alegre

Falta de chuva muda paisagem de Porto Alegre

Além do baixo nível do Arroio Dilúvio e mau cheiro no Guaíba, escassez de chuva prejudica a qualidade do ar

Mauren Xavier / Correio do Povo

Arroio Dilúvio corta a zona Leste pela avenida Ipiranga

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A falta de chuva tem provocado mudança na paisagem de Porto Alegre. Uma das mais marcantes é a queda no nível da água no Arroio Dilúvio, que corta a zona Leste pela avenida Ipiranga. Em função disso, é possível notar a grande quantidade de lixo depositado no fundo do arroio, em especial, no trecho que localizado junto à avenida Antônio de Carvalho. Em alguns pontos, em que há residências mais próximas à passagem de água, a reclamação dos moradores é em relação ao cheiro forte.

Nas proximidades do Guaíba, a reclamação do odor é maior por parte dos motoristas que cruzam a avenida Ipiranga. Também há grande acúmulo de resíduos na margem do arroio junto ao Guaíba, próximo ao Anfiteatro Pôr do Sol. A falta de chuvas também está refletindo no nível do Guaíba que, mais baixo, deixa à mostra grande volume de lixo.

Outra mudança na paisagem é o aparecimento de uma espécie de fumaça ou nuvem escura, em tom quase marrom, que é possível ver no céu de alguns pontos mais altos da cidade ou, por exemplo, na chegada a Porto Alegre, pela BR 116.

No início da manhã e no final da tarde, fica ainda mais visível. Isso se deve à concentração de poluentes que, em função da pouca chuva, não dispersam.

De acordo com o engenheiro químico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam), Glauber Pinheiro, a falta de chuva por tempo prolongado é um fator que prejudica a qualidade do ar, em função da maior concentração de poluição. Ele lembrou que assim que houver chuvas a tendência é que a poluição se dilua, ficando menos perceptível. Segundo Pinheiro, o principal fato que provoca a poluição, no caso de Porto Alegre, são os veículos, que representam cerca de 80%, em especial nas áreas de fluxo mais pesado, como na região da Rodoviária.


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