Falta de Ritalina preocupa usuários da farmácia do Estado

Falta de Ritalina preocupa usuários da farmácia do Estado

Medicação usada para o déficit de atenção não é encontrada nas farmácias

Correio do Povo

Mesmo enfrentando fila, as pessoas voltam para casa sem o remédio

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Os pacientes que necessitam do medicamento Ritalina, um estimulador do grupo dos anfetamínicos, geralmente indicado para o tratamento do déficit de atenção com hiperatividade em crianças e adultos, estão com dificuldade de conseguir o medicamento na farmácia do Estado. Quem utiliza o remédio e não tem condições de adquiri-lo com recursos próprios, recorre à farmácia para recebê-lo gratuitamente. No entanto, os pacientes que recorrem à farmácia localizada na esquina da avenida Borges de Medeiros com a rua Riachuelo, enfrentam fila e voltam para casa sem o remédio.

Há algumas semanas juntaram-se a esses pacientes outros, os que têm condições financeiras e receita médica para adquirir Ritalina, mas o mesmo não é encontrado nem mesmo na rede particular de farmácias.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) reconhece que muitas vezes faltam itens na unidade, mas atribui o atraso aos processos de compras, que devem seguir regras rígidas. No caso específico da Ritalina, a secretaria diz que foi efetuada uma compra e que o governo negocia a antecipação da entrega. A projeção é de que num prazo de 15 dias a distribuição esteja normalizada e as necessidades da população sejam atendidas.

Nas farmácias privadas, a situação não é muito diferente: a medicação também está em falta. É preciso circular em vários estabelecimentos até encontrar o medicamento. Quando isso acontece, geralmente os lotes do remédio já foram vendidos.

A psiquiatra Carla Bicca chama atenção para a importância da medicação aos pacientes com déficit de atenção e hiperativos. Explica que a ingestão do medicamento permite um melhor bem-estar do paciente. "É uma medicação importante, pois ajuda no funcionamento do indivíduo que consegue, por exemplo, estudar e trabalhar bem. Não existe na saúde um substituto de primeira linha", salientou.


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