Faltam 10 dias para o fim da campanha de vacinação contra o HPV

Faltam 10 dias para o fim da campanha de vacinação contra o HPV

No Estado, objetivo é vacinar quase 260 mil jovens entre 11 e 13 anos

Mauren Xavier / Correio do Povo

Colégio Adventista do Partenon, em Porto Alegre, fez nesta segunda-feira uma ação especial

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Faltando 10 dias para o término da Campanha de Vacinação contra o HPV, apenas 58% do público alvo - meninas entre 11 e 13 anos -, do Rio Grande do Sul, foi imunizado. A vacinação está ocorrendo nas escolas e nos postos de saúde. Deverão ser vacinadas quase 260 mil adolescentes. Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde confirmou o envio de um lote de 30 mil vacinas ao Estado, que irão substituir parte do lote recolhido em função das reações sofridas por seis meninas no RS.

Para estimular a imunização, o Colégio Adventista do Partenon, em Porto Alegre, fez nesta segunda-feira uma ação especial. A instituição montou um espaço para a vacinação. Buscando esclarecer os benefícios e a importância, o Colégio, por meio do programa Educação + Segura, promoveu atividades de esclarecimento com as alunas e familiares. Com duas filhas em idade de vacinação, Amanda, 13 anos, e Juliana, de 12 anos, Maria Guterres foi à escola acompanhar a imunização. “É uma proteção que vai valer para a vida toda delas”, explicou a mãe.

Segundo o diretor do Colégio, Ernandi Dziedicz, a preservação da saúde e promoção da qualidade de vida são conceitos defendidos pela instituição. “A campanha de vacinação vai ao encontro deste pensamento. E ficamos satisfeitos com a adesão dos pais e estudantes”, destacou o diretor. Apenas na escola, 71 alunas estão na faixa etária.

A vacinação contra o HPV (Human Papiloma Virus) faz parte de uma estratégia do governo federal, por meio do Ministério da Saúde, no combate ao câncer do colo de útero. O HPV é uma das principais causas desse tipo de câncer, que é a segunda causa de mortalidade entre as mulheres brasileiras. A transmissão com maior incidência é sexual, uma vez que é preciso haver contato direto com a pele ou a mucosa infectada. Mesmo assim há outras maneiras de transmissão, como durante o parto.

Por ser uma doença com poucos sintomas, é necessário realizar periodicamente o exame chamado de Papanicolau. Ele identifica o aparecimento de lesões no colo do útero. O quanto mais cedo são identificadas, maiores são as chances de cura.

A campanha teve início neste ano e é dividida em três etapas. As meninas imunizadas agora, deverão tomar a segunda dose entre setembro e outubro deste ano (cerca de seis meses após a primeira). A última dose será aplicada dentro de cinco anos. Em 2015, a vacina será destinada a meninas entre 9 e 11 completos. E, em 2016, entrará no calendário rotineiro das meninas partir dos 9 anos.

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