"Faltou diálogo", diz presidente da CUT-RS sobre greve

O presidente da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), Celso Woiciekovski, acredita que a falta de diálogo entre Estado e professores foi determinante para que o Cpers/Sindicato anunciasse, nessa sexta-feira, a greve da categoria. Woiciekovski defende, no entanto, que o motivo da paralisação – não pagamento do piso nacional – é justo. “Essa é a minha posição. A CUT não discutiu isso ainda.” A Central vai debater o tema na próxima terça-feira durante reunião da direção. O Cpers é filiado à CUT.

Questionado sobre as consequências para os estudantes que estão concluindo o Ensino Médio, Woiciekovski avaliou que esse pode ser o maior problema causado pela paralisação. "Uma greve sempre tem reflexos", acrescentou. A rede pública estadual tem 75 mil estudantes matriculados no 3º ano.

O comando de greve do Cpers definiu que vai iniciar nesta semana debate nas escolas, buscando a adesão de professores à paralisação. Para a próxima quinta-feira está prevista uma assembleia em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre.

A categoria reivindicava a implantação imediata do piso nacional, aprovado em 2008, de R$ 1.187. Hoje, o professor recebe R$ 790 para 40 horas semanais. Os educadores protestam ainda contra a reforma educacional proposta pelo Palácio Piratini.