Família pede ajuda para o tratamento do filho recém-nascido

Família pede ajuda para o tratamento do filho recém-nascido

Para poder ir para casa, o bebê vai precisar de uma estrutura que os pais não têm condições de custear

Luciamen Winck

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Com apenas um 1 mês e meio de vida, o pequeno Felipe Matheus Pires Rauber já enfrenta uma luta diária pela sobrevivência. Internado no Hospital Divina Providência desde seu nascimento, o filho dos policiais militares Fábio Carlos Rauber e Darele Pires Brum já passou por procedimentos cirúrgicos e se alimenta por sonda devido a complicações durante o parto. Para poder ir para casa, o bebê vai precisar de uma estrutura médica à disposição que os pais não têm condições de custear.

No dia 12 de junho, após 36 semanas de uma gestação considerada tranquila, Felipe nasceu de forma prematura. Porém, na hora do parto, de acordo com os pais, ocorreu uma anóxia, ou seja, uma asfixia, que fez com que o bebê nascesse quase sem vida e ficasse em coma, respirando por aparelhos e se alimentando por sonda. Após uma ressonância, constatou-se que, devido a este problema, ele havia ficado com lesões no sistema nervoso central.

De acordo com Darele, apesar da gestação ter sido normal, no dia do parto foi identificada a presença de mecônio no líquido amniótico, o que poderia ter ocasionado a complicação. Mas, segundo a mãe, o fato não foi informado a ela, que afirma que, se soubesse, teria optado por uma cesariana. Os pais, no entanto, ainda investigam as reais causas do incidente.

Após os primeiros problemas, Felipe conseguiu começar a respirar por conta própria, mas, para deixar o hospital, não poderia mais estar se alimentando através da sonda via oral. Por isso, no sábado passado foi submetido a uma cirurgia de inserção de uma sonda abdominal e, simultaneamente, passou por um procedimento para reduzir as chances de desenvolver refluxo.

Para poder ir para casa, no entanto, o bebê precisará contar com uma ampla estrutura de home care. Será necessária uma visitação médica por semana, um técnico em enfermagem 24 horas por dia, equipamentos para ajudar na respiração e na alimentação, fisioterapia respiratória e motora, reabilitação com fonoaudióloga e nutricionista, além de um acompanhamento com um neurologista pediátrico. Rauber estima que o orçamento gire em torno de R$ 20 mil, dinheiro que ele e a esposa não dispõem.

O plano de saúde da família conta apenas com uma neurologista pediátrica, por exemplo, que sequer está aceitando novos pacientes. O pai afirma já ter realizado um pedido administrativo junto ao convênio. O pedido, no entanto, foi indeferido. “Não tenho outro caminho a não ser recorrer ao Judiciário para tentar garantir os cuidados necessários para o meu filho”, salientou Rauber.

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