Famílias acampam na praia do Lami para amenizar o calorão
Diversas pessoas ocuparam a orla do Guaíba para se refrescar na água e tomar banho de sol
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“Aqui é mais fresco do que a Lomba do Pinheiro, onde eu moro”, disse o pedreiro Sílvio Machado, de 52 anos. Ele chegou à praia no sábado com os oito filhos, dois deles de criação, uma neta e a cunhada, em uma van alugada, levando dois colchões, cadeiras, panelas e muita comida. “Trouxemos o básico: arroz, feijão, carne e bebidas”, explicou.
Todos dormiram no espaço utilizado para fazer churrasco e não reclamaram dos mosquitos. Somente na terça-feira é que retornam para casa e para a rotina. “É muito melhor vir para a praia de água doce. Aqui tem sombra e é mais barato”, contou, informando que não gasta mais do que R$ 600 para toda a família em quatro dias de folga no Lami.
Quase ao lado, um casal descansava próximo a uma barraca. Eles moram em Viamão, na região Metropolitana, e também foram passar alguns dias na beira do Guaíba. A dona de casa Rose Guimarães, de 44 anos, falou que ela e o marido trouxeram tudo o que precisavam em uma moto e se instalaram no local.
Uma família de Alvorada, também na Grande Porto Alegre, praticamente se mudou para a praia do Lami. O chapeador Everaldo Espíndola, de 49 anos, disse que ele e mais dez pessoas chegaram no sábado e devem permanecer até o próximo domingo. “Quem precisa trabalhar volta para casa e depois retorna para cá.” Uma barraca grande, com dois ambientes, acomoda todo o grupo, que inclui três crianças, que adoram o local. Elas jogam vôlei, nadam no Guaíba e brincam o dia inteiro. “Ficamos ansiosos para chegar a época de vir para o Lami”, falou.
A mulher dele, a auxiliar de limpeza Eliane de Oliveira, de 48 anos, concorda: “Gostamos muito do lugar. É muito bom”. Nem mesmo a precipitação de domingo desanimou os banhistas. “Quando chove, a gente se esconde na barraca, espera passar, depois começa toda a animação outra vez”, relatou o pai da família.
Nenhum dos acampados reclamou da infraestrutura da orla. O local conta com churrasqueiras e banheiros. Alguns visitantes só se queixam dos poucos horários de coletivos. “Moro na Restinga e os ônibus demoram muito”, ressaltou Rosane Lima dos Reis, de 42 anos.