Famílias começam a ser transferidas da vila Dique, na Capital

Famílias começam a ser transferidas da vila Dique, na Capital

Moradores irão para loteamento no bairro Rubem Berta

Mauren Xavier / Correio do Povo

Cerca de 20 famílias começaram a mudança para o loteamento no bairro Rubem Berta

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Cerca de 20 famílias moradoras da vila Dique, em Porto Alegre, começaram uma nova vida nesta sexta-feira, com a mudança para o loteamento no bairro Rubem Berta, na zona Norte. Na avenida Dique a movimentação começou cedo, com a chegada dos caminhões de mudança e das equipes do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), que orientavam as famílias.

A diarista Vanessa Filipin Antunes contou que a organização na sua casa para realizar a mudança começou por volta das 4h. “A expectativa era muito grande, quase não conseguimos dormir com tanta ansiedade”, disse ela, que mora junto com o marido e os dois filhos, um de 4 e outro de 9 anos. “Eles também estão muito nervosos com essa transferência”, confidenciou, enquanto ajudava a separar os itens que seriam levados para a nova moradia.

Com a mudança, a previsão é de que a família inicie uma nova etapa de vida. Este final de semana será de adaptações e ajustes. “Esse momento é um pouco complicado financeiramente. Infelizmente, não teremos condições de fazer todas as obras, como a colocação do piso”, assinalou Vanessa.

Com a parceria de vizinhos, a família contratou uma empresa particular, embora a prefeitura disponibilize o serviço para fazer a mudança. Em quase modelo de mutirão, os eletrodomésticos e os móveis começaram a ser colocados dentro do caminhão. Sem esconder a emoção, Vanessa contou que este deverá ser um novo começo. “Morei aqui por nove anos. Agora é o momento de fincar as raízes”, frisou.

Na casa localizada do outro lado da rua, Marlei Santos de Borba também se preparava para a troca de endereço. Ela morava na casa dos fundos, com um dos filhos, e tinha como vizinho um filho, que residia no imóvel da frente. “No novo loteamento teremos duas casas em lotes diferenciados. Nossa qualidade de vida vai melhorar muito. Todos trabalhamos, mas nunca conseguimos dinheiro suficiente para comprar a casa própria. Agora teremos uma nova vida”, confidenciou.

Em relação ao loteamento, o otimismo é grande. Para Marlei, o grande diferencial se dará na parte de infraestrutura. “É muito triste viver junto a um valão, como vivíamos. Agora esperamos que as coisas melhorem”, desabafou. De acordo com o Demhab, nesta etapa da desocupação serão removidas ao todo 60 famílias. Todas estão sendo levadas para o conjunto habitacional Porto Novo, na avenida Bernardino Silveira Amorim. A transferência seguirá na próxima semana.

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