Famílias ocupam terreno no bairro Sarandi
Prefeitura intimará ocupantes a deixarem terreno dentro de cinco dias
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Segundo o organizador da invasão, Jocimar Cardoso de Melo, a ocupação foi motivada pelas condições precárias que a maioria das famílias sofrem. “Muita gente daqui não tem onde morar, ou tem que viver em situações precárias”, salienta.
A moradora da região, Alexsandra Souza da Cunha, de 31 anos, alega que ela e o marido não tem condições de pagar um aluguel. Mãe de duas crianças, uma de um ano de idade, ela espera poder ficar no local. “Eu tenho que cuidar do meu filho, então não posso trabalhar. E o meu marido ganha apenas um salário mínimo”, argumenta.
Desde domingo, as famílias chegam e dividem os lotes em tamanhos iguais para cada morador. Alguns casebres já estão sendo construídos. Agentes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente devem ir nesta quinta ao local para intimar os líderes da ocupação. As famílias terão o prazo de cinco dias para sair do terreno. Caso contrário, a prefeitura garante que vai pedir a reintegração da posse da área.
Ocupação também na zona Sul
Do outro lado da capital gaúcha, na zona Sul, mais de 500 famílias ocupam há três semanas uma área privada no Bairro Cavalhada. Originárias de diversos bairros do cidade, as famílias invadiram o terreno onde ficava a antiga Avipal, na esquina das avenidas Cavalhada e João Salomoni. Os moradores estão instalados em barracas e moradias improvisadas na área, que possui uma extensão de cerca de 10 hectares.
A construtora Melnick Even, proprietária do terreno, obteve na justiça a reintegração de posse do local. O prazo para que os invasores deixem área é de dez dias. Os ocupantes já entraram com um recurso para reverter a situação e permanecer no local.