Famílias pretendem permanecer em área de construtora no bairro Cavalhada, em Porto Alegre

Famílias pretendem permanecer em área de construtora no bairro Cavalhada, em Porto Alegre

Ocupantes do terreno querem moradias populares antes de deixar o local

Samantha Klein/Rádio Guaíba

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Cerca de 400 famílias atingidas por uma obra da Prefeitura, na zona Sul da cidade, estão acampadas desde a última segunda-feira no terreno da antiga Avipal, no bairro Cavalhada, e prometem permanecer no local até receberem moradias populares. O local foi dividido em lotes e pelo menos outras 300 famílias devem ser alojadas na área, de dez hectares.

As pessoas são provenientes de um grupo de 1,7 mil famílias que foram desalojadas das margens do arroio Cavalhada para a realização de uma obra do Programa Socioambiental (Pisa), que pretende aumentar o saneamento básico do município.

Cerca de 700 famílias foram reassentadas na Vila Nova e algumas aceitaram o bônus moradia, de R$ 52 mil. No entanto, as famílias seguem esperando residências desde maio de 2009, segundo o presidente da Vila Icaraí II, Lenemar Bastos. “Disseram que abririam licitação e construiriam as residências. Mas se havia dinheiro garantido, porque não constroem?”, sustenta.

O líder comunitário acrescentou que as chuvas dos últimos dias aceleraram a invasão da área, que pertencia à Avipal. “As famílias perderam tudo o que tinham. A minha casa, por exemplo, corre risco de desabar a qualquer minuto por conta da obra do Pisa”.

A Prefeitura ainda não deu retorno sobre as obras de residências voltadas para os moradores cadastrados no Departamento Municipal de Habitação (Demhab) na região. Já a construtora Melnick Even pediu reintegração de posse da área. A empresa pretende construir unidades comerciais e residenciais no terreno.

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