Familiares de jovem atropelado em viaduto pedem paz no trânsito

Familiares de jovem atropelado em viaduto pedem paz no trânsito

Gabriel Marques, de 19 anos, foi atingido na avenida Dom Pedro II

Karina Reif

Jovem era querido pelos amigos, muitos deles estudantes do Colégio Militar de Porto Alegre, onde se formou em 2013

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Cerca de 200 pessoas se reuniram no Parque Farroupilha, a Redenção, na manhã deste sábado para pedir paz no trânsito. No grupo, estavam familiares, amigos e professores do jovem Gabriel Marques, 19 anos, morto em um acidente de trânsito em dezembro. “Essa foi a primeira manifestação de muitas que pretendemos fazer para que exista conscientização”, observou a mãe da vítima, Patrícia Marques, 51 anos. Ela contou que o filho estava fazendo um serviço temporário para economizar dinheiro para as férias e caiu de um viaduto após ser atropelado na avenida Dom Pedro II. “Em princípio, foi imprudência, mas não estamos protestando e sim pedindo paz. O Gabriel era da paz”, afirmou.

O jovem era querido pelos amigos, muitos deles estudantes do Colégio Militar de Porto Alegre, onde se formou em 2013. Gabriel foi “Destaque Esportivo de 2013”. Ele praticava futebol e atletismo. Chegou a cursar um ano do curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), para o qual passou em sexto lugar. Porém, trancou a faculdade para se dedicar ao concurso da Academia Militar das Agulhas Negras. “A nossa família é de militares. O sonho dele era seguir carreira”, contou a mãe. O irmão gêmeo, Pedro, disse que o período de festas foi muito difícil para a família. “Foi como perder um pedaço de mim”, declarou.

Patrícia já havia perdido o marido recentemente. “No dia 20, quando ocorreu o acidente, completaria um ano e meio”, disse. Um dos irmãos, Tiago, 28 anos, ressaltou que a família confia no trabalho da Polícia Civil para a investigação do caso. O motorista que o atropelou se feriu no acidente e chegou a ser internado no Hospital Cristo Redentor. O irmão mais velho, Diogo, 30, observou que não cabia a eles analisar o comportamento do condutor. “A Justiça é que vai falar”, salientou.

A namorada de Gabriel, Mariana, ainda estava muito abalada. Ela caminhou junto com o grupo, que vestia camisetas brancas e segurava balões, além de cartazes. “Ele era uma pessoa excelente em todos os sentidos. Apesar da posição de capitão do time de futebol, sempre foi humilde e estimulava os outros jogadores”, contou o professor de Educação do Colégio Militar Física Otto Hagen. O outro professor da mesma disciplina, Clóvis Rodrigues observou que o jovem foi um ótimo atleta e um destaque entre os alunos. 

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