Famurs sugere saque extra dos depósitos judiciais para o pagamento dos atrasos na saúde

Famurs sugere saque extra dos depósitos judiciais para o pagamento dos atrasos na saúde

Entidade deve se reunir novamente com o Governo do Estado para encontrar alternativas

Correio do Povo

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Buscar alternativas viáveis. É isso o que o governo do Estado e a Famurs deverão fazer para resolver a crise na Saúde. Em reunião nesta quarta-feira, o presidente da entidade, Luiz Carlos Folador, apresentou sugestões ao vice-governador José Paulo Cairoli. Entre elas está a utilização de saque extra dos depósitos judiciais para o pagamento dos atrasos. “O valor serviria para repor o que o Estado não repassou e garantiria o funcionamento do sistema até o final do ano”, garantiu Folador. Conforme a medida, a ampliação de 85% para 95% do percentual disponível garantiria uma receita extra de R$ 1 bilhão. Pela sugestão da Famurs, metade do recurso ficaria para a Saúde.

Porém, Cairoli relatou que há juros muito altos na utilização de recursos dos depósitos judiciais, mas que a proposta será avaliada. O pagamento deste mês foi garantido pelo vice-governador. Uma nova reunião ocorrerá nesta quinta-feira. O governo do Estado e a Famurs devem fazer um calendário de pagamento.

Além disso, os 30 prefeitos de 23 associações que estiveram reunidos com Folador, durante assembleia da Famurs, pediram o apoio institucional do governador José Ivo Sartori para discutir a questão da distribuição dos royalties do petróleo. Para o coordenador-geral da Famurs, Márcio Espíndola, a nova divisão das receitas é a principal bandeira da atual gestão. O assunto está no Supremo Tribunal Federal. Segundo Espíndola, os prefeitos pretendem solicitar audiência com a ministra Carmen Lúcia para discutir a questão. Conforme ele, nos últimos dois anos, R$ 800 milhões deixaram de ser transferidos ao RS em função da decisão. A ideia dos prefeitos é que Sartori lidere uma frente de governadores pela distribuição dos royalties para todos os estados.

Durante a assembleia, os prefeitos da região do Alto Uruguai e da Fronteira-Oeste defenderam que Famurs entre com ação coletiva na Justiça contra o Estado para garantir o pagamento em dia dos recursos da saúde. “Não é uma medida de enfrentamento contra o governo Sartori. É para garantir a verba”, acrescentou Espíndola.

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