Feira do Peixe de Porto Alegre registra queda de 6,4% nas vendas

Feira do Peixe de Porto Alegre registra queda de 6,4% nas vendas

Faturamento, no entanto, foi maior que o de 2018, informou a prefeitura

Correio do Povo

Feira do Peixe de Porto Alegre registrou queda de 6,4% nas vendas

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Em sua 239ª edição, a tradicional Feira do Peixe de Porto Alegre encerrou ao meio-dia desta sexta-feira com a venda de 376,4 toneladas de pescado desde o início do evento na última terça. Houve uma queda de 6,4% em relação a 2018 quando foram comercializadas 402 toneladas. Os números divulgados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) referem-se à Feira do Peixe do Largo Glênio Peres, à 17ª Feira do Peixe Restinga e à 8ª Feira do Peixe do Extremo Sul-Belém Novo. Elas foram visitadas por um público estimado em torno de 600 mil pessoas no período.

"Mais do que um evento comercial, a Feira do Peixe é uma tradição de Porto Alegre e uma grande amostra da diversidade cultural e econômica da nossa cidade", destacou o titular da SMDE, Eduardo Cidade. "Mesmo registrando uma pequena queda no volume comercializado, a feira encerra com um faturamento maior do que o de 2018“, observou.

No Centro Histórico, como sempre ocorre na última hora antes do encerramento, os preços despencaram na Feira do Peixe no Largo Glênio Peres que fechou com a comercialização de cerca de 360 toneladas de pescado. A bandeja de 400 gramas de camarão baixou para R$ 20 após ter sido vendida por R$ 30. Já o quilo da piava caiu de R$ 18 ou R$ 15 para R$ 12 ou R$ 10 conforme a banca. Filés de merluza, anjo e abrótea, por exemplo também acompanharam as promoções de última hora cujo maior objetivo era acabar com o estoque.

Na banca 51, Vinicius D´Ávila comemorava a venda das cinco toneladas de pescado mesmo com os números finais da feira. O filé de anjo foi o que teve maior saída. Já Isaías Kaiper, da banca 06, lamentava a pouca venda da tainha já limpa, cujo preço conseguiu baixar apenas de R$ 11,99 para R$ 9,99. “O pessoal não sabe preparar o peixe inteiro”, justificou. No entanto, muitos feirantes atribuíram a queda à perda do poder aquisitivo da população devido à crise econômica do país.

A feira reuniu 51 bancas de pescado, quatro bancas de entidades representativas do setor, uma com peixes vivos e outras quatro com artigos de alimentação. O espaço montado ficou em torno de 2,5 mil metros quadrados. Um destaque que atrai a atenção do público é a venda de carpa viva, por R$ 16,70 o quilo, pois elas ficam mergulhadas dentro de uma “piscina”. Outra atração ficou com a clássica tainha assada na taquara na banca 60, vendida por R$ 25; R$ 35 ou R$ 50 conforme o peso, bem como os bolinhos e espetinhos de peixe ao preço de R$ 5 cada um.

“Não está bom este ano”, lamentava Alina Araújo. Em torno de quatro toneladas de tainha deveriam ser preparadas, mas ela acredita que vendeu apenas a metade. “Tá feia a coisa”, resumiu mesmo diante de uma fila de compradores dispostos a experimentar a iguaria. Ao lado dela, Clair Araújo controlava os espetinhos e bolinhos de peixe que estavam sendo levados em maior quantidade para o almoço em casa. Ela contou que a tradição da família neste ramo já dura 27 anos.

Ao lado, o Mercado Público Central de Porto Alegre atendeu nesta sexta-feira das 7h30min às 13h e no sábado o horário será estendido até 18h30min.


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