Fepam descarta uso de produto em alto-mar no Litoral Norte

Fepam descarta uso de produto em alto-mar no Litoral Norte

Especialistas optaram por dispersão mecânica e deverão monitorar a situação durante todo o fim de semana

Correio do Povo

Situação será monitorada durante todo o fim de semana

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Por Cíntia Marchi e Marco Aurélio Ruas

Depois de cogitar o uso de dispersante no petróleo vazado em alto-mar, em Tramandaí, a Fepam reavaliou as condições e resolveu pela não aplicação do produto. A decisão foi tomada a partir do último sobrevoo na área, após verificar que a mancha havia se espalhado em vários pontos, ainda longe da costa. “Optamos pela dispersão mecânica. Dez embarcações da Transpetro estão fazendo este trabalho. Notamos que já diminuiu a quantidade de petróleo, porque parte evaporou”, avaliou o engenheiro químico da Fepam, André Milanez.

Ontem à noite e nesta madrugada duas equipes da Transpetro monitoraram a faixa da praia. Segundo Milanez, ainda não se descarta a possibilidade de o petróleo chegar à orla. Neste final de semana, continuará a inspeção no local. O uso de dispersante, segundo a bióloga da Divisão de Emergência Ambiental da Fepam Cleonice Kazmirczak, ocorreria em último caso por se tratar de um produto químico. “Por medida de segurança, ele só pode ser aplicado até a faixa de dois quilômetros de distância da orla”, observou.

Milanez reiterou que o incidente foi de pequenas proporções – vazaram 2,5 mil litros na noite de quarta-feira – e utilizou o derramamento ocorrido em 2012 como exemplo. “Naquele episódio vazaram 50 mil litros”, recordou. “Qualquer volume de óleo no mar preocupa e tem impacto”. De acordo com o comandante do Batalhão Ambiental da BM, Rodrigo Gonçalves, não havia ontem sinais de óleo ou animais mortos na orla, entre Capão da Canoa e Cidreira.

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