Festival celebra cultura e costumes de Senegal em Porto Alegre

Festival celebra cultura e costumes de Senegal em Porto Alegre

Evento conta com desfiles de moda, gastronomia típica e exposições de arte

Henrique Massaro

Neste sábado ocorrem desfiles da moda senegalesa

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Aproximadamente 4 mil senegaleses vivem no Rio Grande do Sul – 1,2 mil deles somente na Capital. E apesar da provável primeira imagem que vem à mente quando se pensa nesses imigrantes – a de vendedores ambulantes no centro da cidade, reflexo do momento econômico pouco favorável -, cerca de 70% deles ocupam empregos formais. É o que informa a Associação de Senegaleses de Porto Alegre, que, neste final de semana, tentou buscar uma maior integração de sua cultura com os gaúchos através do primeiro Festival de Arte e Cultura Senegalesa, realizado no Memorial do RS.

“Só estamos aqui em busca de oportunidades, mas temos dever de mostrar a cultura”, afirmou o presidente da Associação, Mor Ndiaye. Explicou também que suas características culturais são bastante específicas dentro das africanidades como um todo, uma vez que Senegal é um país 95% muçulmano. Dessa forma, o Islamismo está muito presente nas roupas e na arte.



Foto: Ricardo Giusti


De acordo com ele, o objetivo do festival do final de semana é mostrar um pouco disso para o povo gaúcho que ainda não a conhece, apesar da vinda dos senegaleses ter ocorrido em meados de 2012. Ao longo da manhã e da tarde deste sábado, o evento conta com um desfile de moda com roupas tradicionais, um festival gastronômico – realizado no Clube do Comércio -, exposição de arte e apresentações musicais e de danças típicas.

No domingo, a programação contará com teatro, mais gastronomia, apresentação da lita tradicional Lamb e mostra de cinema seguida de uma roda de conversa com senegaleses.

O evento tem o apoio do Consulado Honorário do Senegal, Casa de Cultura Mário Quintana, Akanni – Instituto de Pesquisa e Assessoramento, Sindicato dos Servidores Federais do RS (Sindifers) e DCE Ufrgs/Projeto Direitos Humanos. O Memorial do RS também é apoiador do festival e, conforme o diretor Dilmar Portela, o intuito era de poder dar visibilidade ao povo senegalês que há cerca de seis anos faz parte da rotina da cidade e do Estado.

Ainda segundo ele, o Memorial costuma trabalhar as africanidades nos meses de maio e outubro e seguir a Lei 10.639 de 2003, que incluiu no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".

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