Fila para show do Guns N' Roses deve atravessar a noite em Porto Alegre

Fila para show do Guns N' Roses deve atravessar a noite em Porto Alegre

Banda norte-americana vai se apresentar nesta segunda-feira, na Arena do Grêmio

Taís Teixeira

Fãs vão passar a noite na fila para garantir lugar próximo ao palco no show banda, na Arena

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O show da banda norte-americana Guns N' Roses em Porto Alegre é na segunda-feira, às 21h, na Arena do Grêmio. Voltando pela quarta vez ao Estado com a turnê  Guns N' Roses Are F' N' Back!, com  13 shows  pela América do Sul, sendo oito no Brasil, um deles no RS,  a banda fundada em 1985, mantém fãs veteranos e conquista novos com músicas antigas que perpassam o tempo, mas continuam atuais. Os portões da Arena abrem às 17h, mas  para um grupo de 10 pessoas,a maratona para ficar na primeira fila começou no domingo de manhã, mais de 24 horas antes do horário marcado para o líder Axl Rose e seus músicos subirem ao palco.

Desde cedo, a empreendedora Jaqueline Medeiros, 28 anos, desceu a serra, de Caxias do Sul, e foi a primeira a chegar na fila para marcar lugar e pernoitar. “Sou fã desde os 9 anos”, afirma. Essa não é a primeira vez que faz vigília para garantir um espaço próximo ao palco. “Já fui no de 2004 e 2016 e tive que dormir duas noites direto nas duas vezes”, relembra, dizendo que o esforço “não tem preço”.

A aposentada Matilde Soares, 65 anos, mais conhecida como “Bacana Joplin”,  foi a segunda a chegar. Ela curte os álbuns da banda desde a década de 1980 e vai esperar para ver o ídolo pela quarta vez. No entanto, não dorme na fila. “Pessoal roqueiro já me conhece, então eu passo o dia, mas durmo em casa, senão eu não aguento”, relata, salientando que mora em Gravataí.

De chapéu, bota e bombacha, quem via o aposentado de São Luiz Gonzaga,  Carlos Roque Gonçalves Machado, 72 anos, podia pensar que tinha errado o caminho e se perdido ainda no Acampamento Farroupilha. Mas não. Ele estava guardando o lugar para a filha, que ainda não tinha chegado. “Ela vai realizar o sonho dela e pai que é pai tem que vir junto”, ressalta, contando que a filha virá vestida de noiva para chamar a atenção do ídolo Axl Rose.

Um combo família também foi de cadeiras e mantinhas para passar a noite. De Imbituba, Santa Catarina, a professora Fernanda Manzoni Jone, 47 anos, é fã desde os 14 anos. “É a primeira vez que vou no show, acho que vou infartar quando Axl estiver na minha frente”, brinca. A paixão é tanta, que sobrou até para a manicure dela, que precisou escrever o nome da banda  nas dez unhas da professora.

 A professora Fernanda Manzoni Jone pintou as cunhas com o nome da banda. Foto: Fabiano do Amaral

E não ficou por aí. A filha de Fernanda, Giovanna Jone Seidler,19 anos, é estudante e foi com a mãe ver a banda também pela primeira vez. “Estou muito ansiosa”,  comenta a jovem.

A laboratorista, Thais Braga Seidler, 27 anos, e  o marido, o  analista Rafael Hoffmann Strassburger, 29 anos, vieram de Gravataí e encontraram-se com  Fernanda e Giovanna, madrasta e irmã de Thaís.  No caso, esse é o terceiro show que Thais vai, sendo que foi a primeira da fila quando aconteceu na Fiergs e  dormiu três noites quando foi no Beira Rio. “Vale muito a pena ficar perto da grade vendo quem a gente ama, não tem comparação”, explica. Starssburger que passou as três noites com a mulher, lembra que pedia comida por entrega para não perder o lugar na fila. "A graça é explicar o endereço de entrega, portão tal da Arena, pensavam que era trote, mas depois traziam”, conta. E quanto ao banho, disse que pagava R$ 10,00 para se higienizar em um restaurante, para não correr o risco de perder o lugar na fila.

O casal de Porto Alegre Patrícia Rosa e Airon Borges, ambos com 33 anos, foram enfrentar a fila juntos pela primeira vez juntos. Ela, que é analista financeiro, é fã há anos, mas essa foi a primeira oportunidade. “Dá um pouco de medo de ficar na fila, mas com mais pessoas, vai ficando mais tranquilo. O marido, que é modelista, estava indo pela quarta vez, sendo que na última dormiu cinco noites. “Estou mais tranquilo, mas vim com a minha parceira para tudo literalmente e ela está mais ansiosa do que eu”, relatou.

Nas proximidades do local, não havia banheiros químicos e nem segurança, pelo menos no horário em que foi a reportagem. Os fãs disseram que alguns estão indo em um local com mais afastado, com grama alta,  para fazer as necessidades e outros estão indo à casa de uma moradora local, que ofereceu banheiro e até hospedagem para  Jaqueline, a primeira a chegar.

Como chegar:

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) definiu o esquema de trânsito e transporte  especial para o evento, que tem uma projeção de atrair 35 mil pessoas.  

Transporte - Duas linhas de ônibus e uma de lotação auxiliam no acesso do público na ida ao estádio. A operação inicia-se às 17h57. Para o retorno, duas linhas de ônibus e três de lotação estarão operando.

Linha F04 Especial Arena - Quatro veículos irão sair do Largo Glênio Peres, no Centro, em direção ao estádio, às 18h. No retorno, serão seis veículos. O embarque da linha ocorre no terminal Padre Leopoldo Brentano e o desembarque no Largo Glênio Peres.

Linha T2.3 Arena – Quatro veículos saem na Rua Peri Machado a partir das 17h57. No término do evento, oito carros sairão do Terminal Padre Leopoldo Brentano em direção à rua Peri Machado.

Lotação – Na ida, a Linha 60.4 Parque Humaitá irá sair, a partir das 18h, da rua Sete de Setembro em direção ao terminal da avenida Padre Leopoldo Brentano. No final do evento, a linha 60.4 Parque Humaitá largará da avenida Padre Leopoldo Brentano em direção à rua Sete de Setembro. A linha 60.5 Jardim Dona Leopoldina/Assis Brasil irá partir da avenida Padre Leopoldo Brentano com desembarque na avenida Dr. Salvador Celia. A linha 30.2 Partenon/Pinheiro/Parada 21 irá sair da avenida Padre Leopoldo Brentano com desembarque na estrada João de Oliveira Remião (parada 21).  

Bloqueios de trânsito - Quem optar pelo carro precisa ficar atento às orientações. Após o evento, quem estacionar no E1, com saída pelos portões 3, 4 e 5, e no E2 poderá ser direcionado para a BR-448, sentido Porto Alegre-Canoas, com possibilidade de retorno na Prainha de Paquetá, deslocamento de cerca de 4,5 quilômetros. Quem estacionar no E1, com saída pelos portões 1 e 2, será direcionado para a avenida Voluntários da Pátria.

 


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