Filhote de bugio-preto nasce em zoológico da Serra
Animal é quarto da espécie a nascer em cativeiro de Gramado
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Para o veterinário, o nascimento é resultado das ações de enriquecimento ambiental desenvolvidas no recinto. “Quando o animal reproduz em cativeiro, é sinal de que está bem adaptado. Estamos sempre melhorando os recintos para garantir o bem-estar das espécies”, afirma.
Além do enriquecimento ambiental, a equipe veterinária faz suplementação alimentar. O pinhão, fruto típico da região, é inserido na alimentação dos animais durante o inverno e garante reforço calórico necessário. “Nós monitoramos os animais para mantê-los no peso ideal para a reprodução”, afirma o responsável técnico.
Febre amarela
O veterinário lamenta que a falta de conhecimento coloque em risco a continuidade da espécie. Segundo ele, os bugios acabam mortos pela ideia errônea de que a espécie causa febre amarela. O veterinário explica que o bugio é um sentinela da febre amarela e não o transmissor da doença. “Quem transmite, é o mosquito através da picada. Tem gente que vê um bugio morto e pensa que ele é o transmissor. Na verdade, o bugio é vítima do mosquito e avisa sobre a proliferação do inseto”, explica.
Bugio-preto
Dimorfismo sexual: os animais da espécie apresentam coloração diferente. Enquanto os machos são pretos, as fêmeas e os filhotes são amarelos
Ronco do bugio: os animais possuem um osso na garganta, o osso hióide. Por conta do enorme volume do osso, os bugios emitem vocalizações poderosas, que podem ser ouvidas à quilômetros de distância. As vocalizações são usadas para demarcar território e acabam por impedir que outros grupos se aproximem, evitando encontros agressivos diretos.
Alimentação: os bugios se alimentam especialmente de folhas, mas também comem frutos.
Reprodução: o tempo de gestação é de sete meses e os filhotes podem viver agarrados ao tórax da mãe por até 20 meses.