Filhote de bugio-ruivo passa por tratamento no zoológico de Gramado

Filhote de bugio-ruivo passa por tratamento no zoológico de Gramado

Animal se recupera após amputação de braço

Correio do Povo

Animal se recupera bem de cirurgia

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Um filhote de bugio-ruivo realizou tratamento cirúrgico e, agora, se recupera no Zoológico de Gramado. O animal tinha uma fratura exposta e seu estado era bastante crítico. Por isso, necessitou de uma delicada cirurgia para a amputação de um dos braços.

Resgatado na rodovia próxima à cidade de Taquara, o filhote foi levado imediatamente ao zoológico, que possui hospital veterinário com atendimento 24 horas para animais selvagens. O veterinário responsável pelo caso, Rafael Pagani, disse que o macho tem apenas algumas semanas de vida e que estava extremamente debilitado.

O animal tinha uma fratura exposta, com grande perda da musculatura, que já estava necrosada e com a presença de larvas de moscas. Ele não conseguia movimentar o membro, que estava gelado e não apresentava sinais básicos de vitalidade. A necessidade imediata era de analgesia e melhora das condições clínicas, pois havia perdido quantidade significativa de sangue.

O bugio recebeu cuidados intensivos durante uma semana, com acompanhamento dos padrões clínicos, dieta controlada, com alimentação a cada duas horas oferecida na boca, controle da defecação e da urina, acompanhamento do peso e dos padrões laboratoriais. Com a melhora inicial, submeteu-se, então, à cirurgia para amputação do braço direito. Devido a toda a dedicação dos funcionários do zoológico, cuidados e às medicações, não houve complicações no pós-operatório.

Uma característica da espécie é o apego maternal. Os filhotes se tornam independentes somente com vinte meses de idade, por isso a necessidade do “cuidado especial” por parte da equipe veterinária que o batizou com o nome de “Chocolate”.

Este filhote fará uma série de exercícios para reforçar a musculatura acessória e subir em árvores. Os primatas tendem a se adaptar com bastante facilidade frente às amputações de membros, principalmente pela utilização da cauda com a qual eles também conseguem se agarrar.

Por se tratar de um filhote, que devido às condições, teve de se adaptar ao convívio com os humanos, e também devido à ausência de um braço, o animal não poderá ser devolvido para a natureza, pois não conseguiria encontrar alimento sozinho nem reconhecer seus inimigos e possíveis predadores.

“Essa é uma importante função dos zoológicos. Além de ser um centro de educação ambiental, pesquisa e conservação das espécies, recupera e fornece abrigo para os animais sem condições de retornar para a natureza. Sem o empenho de toda a equipe, fatalmente este filhote não teria sobrevivido”, explicou o veterinário Rafael Pagani.

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