Flordelis diz que hipótese de traição do marido "é quase impossível"

Flordelis diz que hipótese de traição do marido "é quase impossível"

Deputada federal deu entrevista coletiva nesta terça-feira e disse não acreditar no envolvimento dos filhos, mas quer justiça caso haja provas

R7

Flordelis disse não acreditar no envolvimento dos filhos

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A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) disse não acreditar em uma suposta traição do pastor Anderson do Carmo, seu marido, assassinado no último dia 16. Durante entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (25), a pastora disse que “colocaria minha mão no fogo por ele”.

“Quase impossível que meu marido estivesse me traindo, eu não acredito nesta hipótese. Nós não éramos só marido e mulher, éramos amigos, parceiros, tínhamos uma cumplicidade linda. Quando fui eleita ele ia comigo toda semana para Brasília, ficava á comigo. Quando saía sem mim sempre tinha um filho com ele, que dirigia pra ele. Eu colocaria a mão no fogo por ele”, disse.

Acompanhada de um assessor de imprensa e um advogado que faz sua assessoria jurídica, a deputada também afirmou que não acredita no envolvimento dos dois filhos presos no crime.

“A gente não está no coração das pessoas, mas eu não acredito que sejam eles. Quero que eles sigam o ensinamento que eu dei pra eles, que sejam verdadeiros sempre. Nossa família está sofrendo muito. Mas eu jamais passaria por cima de um erro dos meus filhos. Sempre ensinei que todos os erros têm uma consequência.”

Flordelis disse que ainda não encontrou com Flávio, que, segundo a delegada Bárbara Lomba, assumiu ter dado seis disparos no padrasto. A defesa do filho biológico da deputada, entretanto, negou que ele tivesse confessado qualquer participação no crime.

“Meu maior desejo hoje seria ver meu filho Flávio, que eu ainda não vi, tenho certeza que pra mim ele diria a verdade. Meus filhos nunca tiveram hábito de mentir pra mim. Estou lutando para esse encontro, quero que ele me diga se fez ou não fez.”

Uma das hipóteses apresentadas pela DHNSGI (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) é de que o crime teria sido motivado por algum desentendimento familiar.

Segundo a deputada, não havia nenhum atrito entre Flávio e Anderson, nem entre os outros filhos. “Apesar de ser uma grande família, é como todas as outras. Temos problemas, mas não pra chegar nessa situação de matar alguém. Meu filho estava ajudando meu marido, eles estavam trabalhando juntos. Discutiam muito sobre futebol, esse tipo de atrito que acho que é normal dentro de uma família. Não vejo isso como motivos para matar alguém”.

Fogueira

Flordelis falou sobre a fogueira encontrada pela polícia quando as buscas foram realizadas em sua casa. De acordo com ela, os jardineiros tinham tirado o mato que estava alto nos fundos da casa e colocado fogo. A deputada afirmou que isso era um procedimento comum na sua casa para evitar que cobras se escondessem nas folhagens.

“O material do jardineiro estava exposto quando eles chegaram. O que foi queimado era excesso de mato, não foi uma fogueira para queimar provas.”

Sobre as informações divulgadas na imprensa de que teria colocado remédios na comida do marido, Flordelis afirmou que toda medicação que dava para ele era receitada e que há exames recentes que comprovam que ele havia passado por questões de saúde. Anderson chegou a ficar internado com problemas cardíacos.

Vida sem o marido

Emocionada, Flordelis disse que passou boa parte depois do crime tomando remédios para se acalmar. Segundo ela, desde a morte de Anderson, “parece que a ficha ainda não caiu”.

“Tem dias que acordo e parece que ele vai aparecer. Ele brincava de se esconder pela casa e depois aparecer me assustando, então às vezes acho que ele vai aparecer. Não sei como vai ser daqui pra frente sem ele. Anderson era o cara, superinteligente, articulado. Ele fazia tudo pra mim. Está sendo um período muito difícil.”


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