Flores, música e chuvas de pétala marcam Dia de Finados nos cemitérios

Flores, música e chuvas de pétala marcam Dia de Finados nos cemitérios

Locais promoveram ações de acolhimento

Mauren Xavier

Flores, música e chuvas de pétala marcam Dia de Finados nos cemitérios

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Flores, música e chuvas de pétalas. Essas foram algumas das atividades que marcaram o Dia de Finados nos principais cemitérios de Porto Alegre, durante a quinta. Na busca de tentar dar conforto aos familiares e amigos, os locais promoveram ações de acolhimento e de suporte. Em função da possibilidade de feriadão, a movimentação foi tranquila durante a manhã ensolarada. Isso porque muitas pessoas optaram por antecipar as visitas e homenagens. Segundo o engenheiro do Cemitério da Santa Casa e responsável pela administração, Waldir José Konzen, explicou que há nos últimos anos uma mudança em relação à data, como o fato de muitas pessoas anteciparem a ida, como foi notado nos primeiros dias da semana. Mesmo assim, alguns tradições não se apagaram, como as homenagens junto ao túmulo do cantor Teixeirinha.

Pouco depois das 8h, Sulivan Meneses Pereira, mais conhecida como Gauchinha de Bagé, chegou ao local trazendo consigo mais de 800 metros de extensão para conseguir ligar o aparelho onde são tocadas as músicas do cantor. O gesto é repetido há 32 anos, desde que ele morreu. “Na primeira vez, improvisamos um rádio com centenas de fitas. Hoje elas cabem num pen drive, mas o sentimento está no coração”, comentou, enquanto definiam o início das homenagens.

O cemitério da Santa Casa, na avenida Oscar Pereira, traz consigo ainda um grande poder, por ser considerado praticamente um museu a céu aberto e pela presença de autoridades e seus grandes mausoléus e , ao mesmo tempo, o campo santo, espaço destinado aos com menos recursos financeiros.



As celebrações e programações mudaram um pouco de acordo com cada cemitério. Na mesma avenida, está o São Miguel e Almas. Com atividades de acolhimento e horário de visitação ampliado, o movimento foi intenso. Muitas pessoas carregando flores e outas apenas limpando a parte externa dos túmulos. O gerente administrativo Alceu Roque Zortea também reconheceu que muitas pessoas anteciparam a visitação, mesmo assim, cerca de 20 mil passariam ontem no local.

Pouco mais à frente, em tom mais discreto, a saudade era reconfortada no Crematório Metropolitano, que também contou com programação especial. Entre elas estava a exposição de pirografias de Mário Corá, além das missas. Os visitantes conheceram ainda a campanha deste ano do Sincep (Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil), que era de conscientização sobre a doença de Alzheimer. Alguns metros de distância, o som do grupo de cordas trazia um conforto a mais aos que subiam as escadas de acesso ao cemitério João XXIII. No local, os visitantes puderam, além de visitar os túmulos de seus entes queridos, se envolver com algumas atividades, como aferição da pressão arterial e testes de glicose, ganhar algumas mudas de flores e de temperos, como manjericão e salsa.

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