Fogo pode ter destruído 40% da pesquisa na região, diz glaciologista
Prejuízo com incêndio em base da Antártica deve chegar a R$ 10 milhões
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Por meio da Ufrgs, Simões desenvolve pesquisas conjuntas com cientistas da base antártica. Conforme o professor, o incidente gera um “momento crítico” para o trabalho realizado até o momento. ”O prejuízo nas pesquisas relacionadas à atividade humana no local, da biodiversidade e da composição química da atmosfera, é bastante evidente”, disse Simões.
O pesquisador ressalta que outros 60% da pesquisa brasileira na região são realizados em navios e acampamentos dentro do continente antártico. “Nessa região são pesquisados o aumento da temperatura global, o efeito estufa, o aumento do buraco da camada de ozônio, o aumento do nível dos oceanos, além de recolhidos elementos provenientes da poluição causada em sua maioria pelos países do hemisfério norte”, afirma o glaciologista que liderou a primeira expedição terrestre do Brasil ao interior do continente antártico.
O incêndio ocorreu na Praça de Máquinas, onde ficam os geradores de energia. Cientistas que estavam na estação contam que dois sargentos não conseguiram sair do local, destruído pelas chamas. Um ferido conseguiu ser resgatado por colegas da Marinha e foi levado para a base polonesa de Arctowski, próxima à brasileira, para receber os primeiros socorros.
Furg enviará 180 quilos de roupas para militares
A Estação de Apoio Antártico (Esantar) da Universidade do Rio Grande (Furg) enviará 180 quilos de roupas especiais para os militares que vão até a Estação Antártica Comandante Ferraz após incêndio ocorrido na madrugada deste sábado. Um voo da Marinha deve decolar às 15h30min do Rio de Janeiro e chegar ao aeroporto de Pelotas, no Sul do Estado, por volta das 18h.