Força tarefa desocupa área na região do aeroporto de Erechim
Saída das famílias ocorreu de maneira pacífica
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Várias máquinas foram utilizadas para colocar os casebres abaixo, a grande maioria pequenas construções feitas com base em lona. Os ocupantes da área chegaram a acompanhar a ação, mas não houve qualquer tipo de conflito. Os entulhos estão sendo retirados com uso de vários caminhões.
Um Oficial de Justiça também acompanhou a força tarefa e passou em cada uma das construções, dando uma espécie de ultimato antes da remoção. Os ocupantes puderem retirar pertences e utensílios que estavam nos casebres. O trabalho da força tarefa vai seguir até que haja a total remoção das construções e afastamento dos ocupantes. Os moradores estão sendo levados para casas de amigos ou parentes ou de onde vieram antes.
A ocupação de áreas na região do entorno do Aeroporto de Erechim começou no início de setembro. Aos poucos vários ocupantes foram construindo pequenos casebres na região, a maioria com base em lonas. Depois que houve uma invasão a área privada, uma liminar judicial pediu que todos se retirassem. Uma audiência entre a Justiça e representes dos ocupantes terminou em acordo no dia 15 de setembro. Os ocupantes ganharam um novo prazo para regularização da situação, que deveria ser de 30 dias. Porém, eles deveriam ficar em apenas uma área, próxima ao Aeroporto. Como o acordo não foi cumprido, o juiz Juliano Rossi, que vinha acompanhando o caso e que propôs o primeiro entendimento, voltou atrás na sua decisão e exigiu reintegração de posse imediata. Apesar de a decisão ter vindo ainda no dia 15, os órgãos responsáveis pela retirada, especialmente a Brigada Militar, tiveram que aguardar a montagem de uma estratégia para ação, envolvendo inclusive o Batalhão de Operações Especiais (BOE), de Passo Fundo.
No dia 21 de setembro, a Defesa Civil de Erechim esteve no local solicitando que os ocupantes deixassem a área sem que houvesse a necessidade de intervenção policial. Cerca de 20 famílias entenderam que não haveria outra maneira, a não ser deixar a área, e saíram por iniciativa própria. Mesmo assim, um grande número permaneceu nos locais. Com tudo pronto, acerto entre todos os órgãos envolvidos, houve então a retirada, na manhã desta terça, dia 6 de outubro.