Força-tarefa flagra irregularidades trabalhistas no comércio do Chuí
Ministério Público constatou trabalho infantil e excesso de jornada para adolescentes
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Uma audiência coletiva – ainda sem data marcada – será agendada para tratar das irregularidades. Conforme o Conselho Tutelar do município, aproximadamente 50 crianças e adolescentes trabalham de forma irregular no comércio do Chuí. A maioria atua no empacotamento de produtos. A cidade é conhecida por comercializar produtos na fronteira do Brasil com o Uruguai.
Conforme a presidente da Associação Industrial e Agropecuária e de Serviços, Teresa Rodrigues Teixeira, as irregularidades ocorrem por falta de fiscalização do Ministério do Trabalho e da Prefeitura. "Os empregados, coitados, ficam com medo de fazer a denúncia porque não querem perder o emprego. Todos se conhecem. É difícil e não é só no Chuí. As pessoas vão deixando e não tem fiscalização. O Ministério do Trabalho teria que tomar atitude sobre tudo isso", afirmou em entrevista à Rádio Guaíba.
A força-tarefa constatou diversos casos de exploração de trabalho infantil utilizado para empacotar produtos adquiridos no comércio brasileiro. A prática, conhecida como "fazer caixinha", consiste no trabalho informal de empacotar os produtos no próprio estabecimento, atividade que deveria ser desempenhada por empacotadores empregados da empresa.