Fortunati confirma ajuda aos comerciantes após incêndio
Financiamentos e linhas de crédito podem ser utilizados até reabertura do Mercado Público
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• Em imagens, a destruição do Mercado Público
• Michels garante que não faltou efetivo ao Corpo de Bombeiros
De acordo com Fortunati, não há prazo para reabertura do Mercado Público e as autoridades ainda não têm uma ideia de quanto irá custar a reforma do segundo andar do prédio, área mais atingida pelo incêndio desse sábado. Fortunati confirmou que o Mercado Público estava com o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) vencido e garantiu que usará recursos do PAC Cidades Históricas, no qual Porto Alegre está incluída.
Durante a entrevista coletiva, o comandante da Brigada Militar reconheceu alguns problemas pontuais durante o trabalho do Corpo de Bombeiros, mas elogiou o desempenho da corporação no combate às chamas. Apenas um bombeiro ficou ferido.
O Mercado Público
Inaugurado em outubro de 1869, o Mercado Público de Porto Alegre foi criado para abrigar o comércio de abastecimento da cidade. O local foi tombado como bem cultural em 1979 e passou por um processo de restauração entre os anos de 1990 e 1997, o que garantiu ao lugar um espaço maior aos estabelecimentos comerciais, mas sempre manteve a concepção arquitetônica original.
O incêndio desse sábado não foi o primeiro enfrentado pelo Mercado Público. Em 1912, um sinistro destruiu os chalés internos. Em 1941, uma enchente atingiu o Mercado e, 38 anos mais tarde, mais dois sinistros destruíram as dependências do estabelecimento que é um dos principais cartões postais de Porto Alegre. O local chegou a ser ameaçado de demolição durante a administração de Telmo Thompson Flores. Na época, era cogitada a construção de uma avenida.
Na década de 90, quando passou por reforma, o Mercado Público recuperou a percepção visual das arcadas. O trabalho resgatou as circulações internas, criou novos espaços de convivência e implantou redes de infraestrutura compatíveis com o funcionamento do Mercado. A nova cobertura possibilitou a integração entre o térreo e o segundo pavimento.
No segundo andar, onde antes existiam escritórios e repartições públicas, diversos estabelecimentos como restaurantes e lancherias passaram ocupar o espaço. Com nova infraestrutura, o cartão postal de Porto Alegre ganhou também um Memorial, além de duas escadas rolantes e dois elevadores. O custo da reforma ficou, na época, em R$ 9 milhões, sendo 88% do orçamento da Prefeitura e 12% do Fundo Municipal do Mercado Público e doações diversas.
Vídeos do incêndio: