Fortunati garante construção de casas emergenciais na região das ilhas

Fortunati garante construção de casas emergenciais na região das ilhas

Prefeitura também vai auxiliar no reforço de estruturas de algumas residências

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Prefeitura também vai auxiliar no reforço de estruturas de algumas residências

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*Com informações da repórter Vitória Famer

Em visita às ilhas do bairro Arquipélago, nesta sexta-feira, em Porto Alegre, o prefeito José Fortunati anunciou que casas emergenciais serão construídas para moradores que tiveram suas residências comprometidas em função das chuvas. Acompanhado da esposa, a deputada estadual Regina Becker Fortunati e de agentes da Defesa Civil, o prefeito da Capital visitou as áreas mais afetadas pelas enchentes que deixaram milhares de gaúchos desabrigados.

“Com a nossa equipe da Defesa Civil e do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), estamos vendo a situação concreta de cada uma das casas. Várias delas estão completamente comprometidas, não tem como as famílias morarem. Vamos construir algumas casas de emergência, que são de boas qualidade, para que elas possam morar com dignidade, e outras vamos reforçar a estrutura. Tudo isso com a nossa equipe do Departamento Municipal de Habitação”, garantiu Fortunati.

Na casa da Ana Czerwinski, o piso cedeu porque o contato com a água apodreceu a madeira. Ela já tinha começado a construir uma moradia de alvenaria no mesmo terreno. Mas tudo o que estava dentro da construção de madeira foi perdido. “Móveis, eletrodomésticos, essas coisas, eu dependo de doações. O dinheiro que ganho com as faxinas que eu faço está todo comprometido para construir a casa nova. Mas o povo de Porto Alegre mostrou que a gente pode contar com a bondade dos outros, né?”, disse sorrindo.

Cátia Simone Araújo ficou 20 dias fora de casa. Voltou e encontrou poucas roupas que pode salvar. Foi um período em que nem pode trabalhar, porque ela é ecônoma na Colônia de Pescadores Z5, que ficou fechada durante a cheia. “Foi um mês sem nem receber, porque a minha renda depende da venda de peixe assado”, explicou.

Nem Ana, nem Cátia querem sair das ilhas, mas contam que, em mais de 40 anos, nunca viram uma cheia como essa. Camila dos Santos Batista, mãe de um bebê de 1 ano, pensa diferente. Vai se cadastrar no aluguel social para se mudar para um local mais seguro. “Não quero mais ficar aqui e passar por isso. Vou recomeçar minha vida, ver se consigo um emprego no continente”, desabafou a dona de casa.

Os moradores das ilhas ainda estão convivendo com muito entulho e eletroeletrônicos abandonados nas ruas após o estrago causado pelas chuvas. A comunidade poderá solicitar recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a partir do próximo dia 9. Ainda hoje, a Caixa Econômica Federal deve divulga os locais de atendimento onde os moradores poderão solicitar o saque, que deve ser liberado em até cinco dias úteis. A população atingida ainda precisa de eletrodomésticos, roupas e materiais de higiene e limpeza. As doações devem ser encaminhadas à sede da Defesa Civil e no Demhab.

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