Fortunati vetará projeto que destina 14 áreas invadidas a habitação popular em Porto Alegre
Prefeito sustenta que onda de invasões é capitaneada por grileiros
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Conforme Fortunati, a proposta passou no Legislativo sem nenhum embasamento técnico, inclusive demarcando terras em cima de lixões. Durante entrevista no Paço Municipal, o prefeito elevou o tom de voz e disse que não vai sancionar o texto para não sacramentar a invasão de áreas em Porto Alegre.
“O que nos vimos, especialmente em 2014, foi uma onda de invasões a terrenos públicos e privados de Porto Alegre. Grande parte deles feito por grileiros. Estou aqui afirmando e elevando a voz que foram feitos por grileiros, inclusive com provas. Eu não vou obviamente sacramentar esse tipo de invasão”, exclamou Fortunati.
Segundo o prefeito, os critérios para regularização fundiária devem ser respeitados, o que envolve cadastros nas comunidades, por meio do Orçamento Participativo.
O texto, de autoria dos vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, ambos do PSol, foi aprovado em 22 de dezembro. Segundo a matéria, as 14 Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS) devem ser destinadas a habitações populares para os atuais ocupantes. A meta é construir moradias populares para essas famílias, que reúnem hoje cerca de 15 mil pessoas. O projeto garante a permanência delas nos locais.
Foram indicados no texto as ocupações Capadócia, Progresso, Império, 7 de Setembro, 20 de novembro, Dois Irmãos, São Luiz, Bela Vista, Nossa Senhora Aparecida, Marcos Klassmann, Cruzeirinho, Continental, Belém Velho e Morada dos Ventos.