Frente de Trabalhadores de Celetistas é lançada durante ato na sede da Emater
Manifestação também contou com servidores da Fase, Fepam, Fgtas, Metroplan e EGR
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Os funcionários que atuam em fundações estaduais do Rio Grande do Sul realizaram nesta quinta-feira o lançamento da Frente de Trabalhadores Celetistas do Estado. O movimento contou com um ato na sede da Emater, no bairro Menino Deus, onde mais de 200 servidores fizeram um abraço simbólico a sede da instituição.
Nos cartazes, os trabalhadores pediam "a imediata recomposição das equipes municipais regionais da Emater" e "Chega de comer o pão que o Diabo amassou. Quatro anos sem reajuste. Reposição Já". O diretor do Semapi, Edgar Costa, disse que o governo estadual segue insensível diante da luta dos funcionários e tampouco negocia o reajuste salarial das categorias. "Estamos diante de um empobrecimento dos servidores públicos e de sucateamento do serviço público", destacou.
A manifestação contou funcionários que atuam na Emater, Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (Fgtas), Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) e servidores da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
O presidente do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge/RS), Cezar Henrique Ferreira, afirmou que os salários dos trabalhadores das fundações e da Emater acumulam perda de poder aquisitivo de 16%, sendo que há quatro anos não há recomposição salarial. “Com a inflação e a escalada dos preços, é necessário que o governo estadual tenha sensibilidade e acelere as negociações coletivas para recomposição das perdas. Queremos formar uma frente de entidades em defesa dos trabalhadores celetistas do Estado", ressaltou.
O vice-presidente do Senge/RS, José Luiz Bortoli de Azambuja, disse que a categoria está há quatro anos sem reajuste salarial. "Existe uma preocupação dos trabalhadores com o crescimento acelerado da inflação. É impossível que o governo do Estado não tenha sensibilidade de recompor esse de índice que chega a 16% de defasagem do salário dos celetistas", acrescentou.
Com relação a Emater, Azambuja explicou os trabalhadores estão preocupados com a instituição que representa a política pública do Estado para a agricultura familiar. "É um segmento importante da economia do Rio Grande do Sul porque faz girar a economia quando as safras são boas e quando a produtividade aumenta", explicou.
Segundo Azambuja, a Emater é a principal política pública para dar assistência técnica no interior do Estado. "A Emater está encolhendo ao longo dos tempos. O orçamento disponibilizado este ano equivale ao do governo Germano Rigotto há 15 anos. Além disso, a empresa demitiu servidores e está com os seus quadros defasados e precisa urgentemente recompor o quadro com a contratação de funcionários", acrescentou.
Até o começo da tarde, o governo estadual não havia se manifestado sobre as reivindicações dos servidores celetistas que atuam nas fundações do Rio Grande do Sul.