Frio gera aumento na busca por vagas em albergues em Porto Alegre

Frio gera aumento na busca por vagas em albergues em Porto Alegre

Grande parte da população só encontra refeição e local para dormir em abrigos

Jézica Bruno

Frio gera aumento na busca por vagas em albergues em Porto Alegre

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A chegada do frio já fez com que aumentasse a procura por albergues em Porto Alegre. A queda das temperaturas afeta a rotina de milhares de pessoas, principalmente das que tem a rua como moradia. Conforme a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), o último censo de 2011 aponta que mais de 1,3 mil pessoas são moradoras de rua na Capital. Grande parte dessa população só encontra refeição, condições para banho e local para dormir em abrigos ou albergues.

No Albergue Municipal, próprio da Prefeitura, localizado no bairro Floresta, onde é oferecido pernoite, janta, café-da-manhã, banho, roupas limpas, assistência por enfermeiras e serviço social, apesar da procura ter aumentado na mesma frequência em que as temperaturas baixaram, as 120 vagas ofertadas no período ainda comportam o público que procura pelo espaço. Nos meses em que o inverno ainda é mais severo, outras vagas são oferecidas através da Operação Inverno e até 150 pessoas chegam a ser recebidas no local. “Mesmo assim, quando não conseguimos acolher todos, encaminhamos os que não conseguem entrar para outros albergues”, explicou o coordenador da instituição Franke Hendler.

No albergue do Instituto Espírita Dias da Cruz, no bairro Azenha, que faz parte da rede conveniada com o município, a procura impulsionada pelo frio já superou o número de vagas que estão disponíveis, principalmente para as mulheres. A capacidade atualmente é para 100 pessoas, mas podem ser acolhidas 110 durante o inverno rigoroso. “Quando aumenta a procura, fico com o coração na mão por não poder acolher a todos”, contou a diretora social do albergue Simone Vargas Costa.

Outro espaço que serve como alternativa para a população de rua é o Albergue Felipe Diehl, no bairro Navegantes, que acolhe normalmente 140 pessoas, mas pode receber até 200 no inverno. Segundo o responsável administrativo do local Leandro Gomes Mendes, a procura tem aumentando significativamente no período. “Ocorreu um aumento, em média, de 30 ou 40 pessoas, varia muito, mas o frio faz sim a procura subir bastante”, considerou.

Grande parte das pessoas que buscam pelos locais são homens. No entanto, as mulheres, apesar de estarem em menor número, possuem quarto separado e, em alguns casos, são recebidas com crianças. O Albergue Municipal oferece ainda dormitórios para transexuais.

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