Funcionários da Corsan protestam em Porto Alegre contra reajuste salarial de 2,8%

Funcionários da Corsan protestam em Porto Alegre contra reajuste salarial de 2,8%

Grupo alega que índice apresentado pela empresa é um "desrespeito com a categoria"

Cláudio Isaías

Funcionários da Corsan protestam em Porto Alegre contra reajuste salarial de 2,8%

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Os funcionários da Companhia Riograndense de sanamento (Corsan) realizaram nesta terça-feira uma manifestação na sede da empresa na rua Caldas Júnior, no Centro de Porto Alegre. O protesto foi contra o índice de reajuste salarial de 2,8% oferecido pela empresa aos trabalhadores. O percentual foi apresentado no começo do mês de agosto. O ato reuniu cerca de 300 servidores das unidades de Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, Cachoeira do Sul, Minas do Leão e Porto Alegre que paralisaram suas atividades no turno da manhã.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto (Sindiágua/RS), Leandro Almeida, disse que o índice de 2,8% é um desrespeito com a categoria formada por 5,8 mil funcionários no Estado.

“Não vemos motivos para que a nossa data base já não tivesse sido atendida. Entregamos a pauta de negociação salarial no dia de 30 de março e até agora não consigamos discutir com a direção da Corsan”, lamentou. Almeida acredita que o governo do Estado tem o objetivo de levar a negociação até o mês de novembro para que possa ter justificativas legais através de nova legislação trabalhista para mexer em cláusulas históricas do acordo coletivo da categoria.

O presidente do Sindiágua disse que ser for necessário os trabalhadores da Corsan poderão paralisar suas atividades caso não aconteça avanços nas negociações e uma melhora no índice de reajsute salarial. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS), Claudir Nespolo, afirmou que o governo do Estado e algumas prefeituras estão com o desejo de privatizar os serviços de saneamento, de água e de energia elétrica do Rio Grande do Sul.

“O que está em jogo no Brasil e no Estado é oferecer reposições salariais ridículas aos trabalhadores. Eles já estão na lógica do desmonte da lei trabalhista”, acrescentou. Conforme Nespolo, existem empresas do setor privado interessadas em assumir o serviço de água e de saneamento do Estado o mais rápido possível.

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