Funcionários da GM realizam novo protesto em Gravataí
Mobilização quer evitar retirada da planta no Rio Grande do Sul e garantir manutenção de direitos
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Conforme lideranças do movimento, os sindicatos que representam os funcionários da GM exigiram o cumprimento daquilo que foi acordado com a diretoria da empresa. Na avaliação dos sindicalistas, o grupo não tem sido intransigente no que diz respeito à negociação. Eles condenaram a possibilidade do diretores da GM se recusarem a negociar.
Horas depois do início do protesto, os sindicalistas informaram que a GM reconheceu a existência de um acordo vigente até 2020. Assim, montadora retira propostas de redução de direitos e trabalhos serão retomados. O reconhecimento se deu através de um documento, que será avaliado pelas lideranças dos trabalhadores. Caso a documentação seja aprovada, os trabalhos na fábrica de Gravataí serão retomados.
Otimismo do governador
A GM alega que está operando com prejuízo nos últimos anos e por isso ameaça deixar o Brasil. Nessa quarta-feira, o governador Eduardo Leite esteve em São Paulo, onde conversou com a diretoria da companhia no país. Leite demonstrou otimismo sobre a permanência da empresa no Rio Grande do Sul, mas salientou as ressalvas feitas pelo comando da GM.
"O que foi transmitido para nós é que a empresa opera de maneira deficitária há cinco anos. O mercado que eles têm na América Latina corresponde a 5% do mercado global. Ele estão sendo demandados para o equilíbrio das operações, que passa pela redução dos custos. Há uma boa perspectiva nas negociações com os sindicatos e eu estou confiante de que a planta de Gravataí se manterá atraente com a continuidade da General Motors aqui", disse Leite.
Conforme Leite, está programado pela General Motors uma investimento de R$ 1,5 bilhão na planta de Gravataí para estabelecer a produção de dois novos veículos. "Aqui em São Paulo, eles estão com projeção de investimentos, mas estão em negociações com o governo do estado paulista. O investimento é importante porque é o que mantém a empresa no mercado, ou seja, ter produtos novos que sejam atraentes para os consumidores. Nós, de certa forma, nos relacionamos com o acerto de São Paulo, porque se não conseguirem viabilizarem esses recursos, eles deixarão de produzir aqui no Rio Grande do Sul, já que no nosso Estado apenas dois veículos são fabricados", acrescentou.
