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Funcionários da saúde do Hospital Porto Alegre entram em greve pelo atraso no pagamento de salários

Sindisaúde-RS cobra o pagamento dos vencimentos desde março e direção do hospital alega dificuldades financeiras

Profissionais da saúde do Hospital Porto Alegre entraram em greve devido ao atraso no pagamento dos salários | Foto: Guilherme Almeida

Enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais da saúde que trabalham no Hospital Porto Alegre começaram uma greve nesta segunda-feira. Um dos motivos é a falta de pagamento dos salários desde março. O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (Sindisaúde-RS) montou um piquete em frente à instituição para exigir que os trabalhadores recebam os pagamentos atrasados.

O secretário-geral do Sindisaúde-RS, Julio Apel, afirma que a situação vem se arrastando há três meses, com encontros sem definições, razão que os fez optar pela paralisação das atividades. “Tivemos uma nova reunião e ouvimos o de sempre, que estão sem recursos”, afirma.

Apel esclarece que, entre as causas alegadas, além da falta de recursos, há a necessidade de comprar insumos para o hospital. “O hospital recebe entre R$ 100 mil e R$ 140 mil da prefeitura para a Covid semanalmente, recebe insumos, que eles dizem que compram, e tem mais uma conta de R$ 200 mil. Com tudo isso, onde está a falta de dinheiro para pagar os profissionais?”, questiona.

O presidente da Associação dos Funcionários Municipais de Porto Alegre (AFM), que é proprietária, administradora e mantenedora do Hospital Porto Alegre, João Galvez Machado, disse que a insatisfação pela falta de pagamento não pode dar espaço para a criação de “narrativas inverídicas”.

“O hospital deve e estamos fazendo o pagamento parcelado ainda de março, mas essas declarações não são verdadeiras”, reforça.

O dirigente disse que a remessa semanal feita pela prefeitura ocorre mediante faturamento, quando há pacientes do SUS, e não de forma sistemática e periódica. “Temos que pagar cerca de 230 colaboradores, que somam uma folha de pagamento de R$ 900 mil, R$ 300 mil para os médicos e R$ 250 mil para a terceirizada que contrata técnicos de enfermagem e higienização”, enumera.

Machado ainda ressalta que o hospital atravessa dificuldades desde 2015 e menciona que a AFM deixou de atender cerca de 70 mil pessoas por mudanças causadas no convênio na gestão municipal de José Fortunati, o que desestabilizou economicamente o hospital. Sobre a efetivação de pagamento desses funcionários, a previsão é de que se normalize à medida que entrem recursos por serviços prestados.

“A expectativa é de que se receba em torno de R$ 130 mil e, assim, possamos pagar mais uma parcela”, adianta.

Machado acredita que a greve não contribui em nada neste momento, mas entende que é um direito da democracia.

Taís Teixeira