Funcionários da Zoobotânica fazem novo protesto e buscam apoio de parlamentares

Dezenas de servidores da Fundação Zoobotânica do Estado (FZB) voltaram a protestar na manhã desta segunda-feira contra a extinção do órgão proposta pelo governo do Estado. Eles contaram com apoio de estudantes, entidades de defesa ambiental e de colegas da Fundação de Proteção Ambiental (Fepam) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), em mobilização em frente à sede do setor, no Centro de Porto Alegre.

Um grupo de manifestantes também foi até a Assembleia Legislativa do Estado para buscar apoio de deputados. Ainda não há data definida para que os parlamentares votem o projeto de lei apresentado pelo Executivo. Para cortar gastos, o governo ainda propõe a extinção de outras duas fundações: a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps ) e a Fundação de Esporte e Lazer do Estado (Fundergs).

Na tarde desta segunda-feira, a Associação dos Funcionários da FZB vai ocupar a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre para defender a permanência do caráter público da Fundação. A Câmara também vota hoje uma moção de repúdio à extinção da entidade, protocolada pela bancada do PSol. Se houver apoio da maioria dos vereadores, o documento será enviado à AL para reforçar a mobilização.

Os cerca de 200 funcionários da FZB devem ser demitidos se a extinção for aprovada. Dentre as atividades, estão o levantamento de espécies ameaçadas e o fornecimento de veneno para produção de soro antiofídico. A fundação administra o Jardim Botânico e o Museu de Ciências Naturais da Capital, além do Zoológico de Sapucaia do Sul, que poderiam ser privatizados. Conforme os servidores, o custo para manter a Zoobotânica representa 0,045% do orçamento estadual.