Funcionários demitidos do Hospital Mãe de Deus voltam a protestar
Instituição terceirizou serviços de nutrição e limpeza
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O número de demissões, de acordo com o Sindicato, é de 356. Segundo o presidente do Sindisaúde/RS, Arlindo Ritter, as demissões foram realizadas de forma abrupta e todos os funcionários foram considerados como aptos, apesar de, entre eles, haver gestantes, acidentados e pessoas com problemas de saúde.
Trabalhadora da higienização do Mãe de Deus por quatro anos, Rosângela Fagundes afirmou que entrou de férias um dia antes dos desligamentos e foi informada por telefone. “Acho um absurdo o que fizeram”, disse ela, que entende que deveria ter ocorrido um comunicado prévio. O presidente do Sindisaúde/RS explicou que o objetivo do ato era também mostrar para os usuários do Mãe de Deus que a terceirização de higienização e nutrição pode representar um risco de infecção hospitalar.
Ainda conforme Ritter, o Hospital deve propor uma compensação que pode chegar a um salário a mais para cada trabalhador, mas o Sindicato discorda, porque entende que a postura correta seria uma reintegração imediata. O Hospital Mãe de Deus, contudo, por meio de sua assessoria de comunicação, disse que ainda não há informações a respeito de negociações.
Em nota, afirmou que os serviços de nutrição e limpeza, desde o dia 5 de setembro, estão sendo gerenciados por empresas parceiras e identificadas com seu propósito. Informou, ainda, que elas foram selecionadas a partir de detalhada análise de performance e melhores práticas adotadas na prestação de serviços em estabelecimentos hospitalares. Segundo o comunicado, a Sodexo e a Manserv, que oferecem nutrição e limpeza, respectivamente, são duas das maiores empresas desses segmentos no Brasil.