Funcionários terceirizados da Ufrgs fazem protesto por atraso de salários

Um grupo de 100 trabalhadores da empresa 2MM, responsável por uma série de obras de manutenção nos campus e nos prédios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) realizaram nesta sexta-feira uma manifestação na frente do prédio da Justiça do Trabalho, na avenida Paria de Belas, no bairro Menino Deus. Os trabalhadores protestaram contra os atraso nos salários e outros benefícios devidos pela empresa que presta serviços na Ufrgs.

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (Sticc), Gelson Santana, disse que a empresa, com sede em Brasília e que há quatro anos tem contrato com a universidade federal, vem atrasando sistematicamente os vencimentos dos funcionários. “A partir do mês de maio, a situação piorou com os salários sempre atrasados”, destacou. Conforme Santana, o salário de setembro, que deveria ser pago no quinto dia útil, foi pago apenas no dia 20 de outubro. Segundo ele, a empresa não depositou os valores referentes ao FGTS, o prêmio assiduidade e não pagou as passagens aos 290 trabalhadores. Os funcionários da empresa 2MM atuam na manutenção dos prédios do Campus Saúde (Odontologia e Medicina), na reitoria da Ufrgs e no Campus do Vale, no bairro Agronomia. Na calçada da Justiça do Trabalho, os funcionários que bloquearam a entrada na manhã desta sexta, pediam o pagamento dos salários. “Temos família, filhos e contas a pagar. Queremos o nosso dinheiro”, gritavam os trabalhadores.

Na audiência realizada na 5ª Vara do Trabalho, com a presença dos trabalhadores, de representante do Sticc, do jurídico da Ufrgs e da empresa 2MM, o juiz do Trabalho, Jorge Alberto Araújo, manteve bloqueado cerca de R$ 1,5 milhão que a universidade iria repassar a empresa referentes aos meses de agosto, setembro e outubro até que a empresa apresente documentos sobre a sua situação. Uma nova audiência será realizada na próxima segunda-feira na Justiça do Trabalho.