Futuro do Esqueletão poderá ser definido em agosto

Futuro do Esqueletão poderá ser definido em agosto

Em reunião na última segunda-feira, Prefeitura pediu mais informações aos técnicos responsáveis

Felipe Faleiro

Esqueletão está inacabado desde a década de 1950 no Centro Histórico de Porto Alegre

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Os técnicos do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (LEME) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), responsáveis pelo estudo de viabilidade do prédio da Galeria XV de Novembro, o Esqueletão, no Centro Histórico de Porto Alegre, têm até o dia 8 de agosto para complementar informações necessárias ao projeto, conforme discutido em reunião com a Prefeitura de Porto Alegre na última segunda-feira. O laudo prévio da universidade demonstrou que a estrutura corre risco de desabamento. 

De acordo com o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores, a possibilidade segue as regras do contrato firmado para a realização do laudo. “Precisamos desta complementação com riqueza de detalhes para que fique claro os custos das alternativas ali aventadas, especialmente segurança, durabilidade dos materiais e proteção a incêndios. Eles estão precisos [no laudo], mas não suficientemente detalhados para a gente”, explica.

Conforme ele, estes custos são, por exemplo, das adaptações e materiais necessários para restauração. O impasse relacionado ao prédio continua, já que as alternativas são sua demolição ou ser restaurado, o que será decidido a partir das informações do laudo. Pessoalmente, Flores se diz inclinado mais à primeira opção. “Meu sentimento pessoal é de que aquela estrutura é irrecuperável. Mas engenharia pode tudo, e o custo de fazer uma intervenção ali é alto”, diz.

O Esqueletão, que tem 19 andares e está inacabado desde a década de 1950, foi desocupado em setembro de 2021. A avaliação por parte da Ufrgs começou no mês seguinte, e o prefeito Sebastião Melo chegou a afirmar, no último mês de abril, que chegou a conversar com a FBI Demolidora, empresa que efetuou a demolição do antigo prédio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). Procurada para comentar sobre a reunião, a universidade disse que não irá se manifestar.


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