Gaúcho assume presidência nacional da Cruz Vermelha

Gaúcho assume presidência nacional da Cruz Vermelha

Presidente e vice-presidente renunciaram ao cargo por suspeita de desvio de dinheiro

Wagner Machado / Rádio Guaíba

Gaúcho assume presidência nacional da Cruz Vermelha

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Após denúncias de desvio de dinheiro de doações e a renúncia do presidente e do vice-presidente da Cruz Vermelha, o gaúcho Nício Lacorte, que dirige a filial do Rio Grande do Sul, assumiu, nesta terça-feira, o comando nacional da entidade. Com a saída de Walmir Serra Júnior e de Anderson Choucino, os membros do Conselho da ONG aprovaram, ainda, uma auditoria nas contas da matriz brasileira e das filiais pelo país, a cargo da Federação Internacional da Cruz Vermelha, sediada na Suíça.

Natural de Santiago, na região Central do Rio Grande do Sul, Lacorte explica que deve acumular funções e deixar o cargo na filial gaúcha, conforme prevê o regulamento, só em 30 dias. Além disso, pretende recuperar a imagem da instituição, desgastada com a suspeita de desviar dinheiro de campanhas e de contratos com órgãos públicos. “Pretendo recuperar e projetar a imagem da Cruz Vermelha além de seguir com auditoria e punir os culpados se a fraude for comprovada”, projetou.

A direção da Cruz Vermelha caiu depois que uma auditoria da Prefeitura de Balneário Camboriú em um contrato firmado com a entidade para gerenciar o Hospital Ruth Cardoso, no municípío catarinense. O acordo previa um repasse total de R$ 82 milhões. A filial gaúcha, que recebeu ordem da direção nacional para administrar a casa de saúde, teve os primeiros R$ 12,8 milhões depositados pela Prefeitura de Camboriú, entre agosto de 2011 e abril deste ano. Porém, o estudo técnico do município mostrou que pelo menos R$ 100 mil foram repassados para a ONG Humanus, localizada no Maranhão, em nome do vice-presidente da Cruz Vermelha. Além disso, a auditoria também mostrou que houve transferências para a filial da organização no estado maranhense.

Em entrevista coletiva na semana passada, Lacorte se defendeu dizendo que, apesar de ter recebido a determinação para gerenciar o hospital de Camboriú, foi a direção nacional, e não a filial gaúcha, que efetuou os supostos repasses irregulares.

Ele esclareceu ainda que vai seguir morando no Rio Grande do Sul e deve ser sucedido, na filial do Grande do Sul, pelo vice-presidente regional da instituição, Manoel Garcia Júnior.


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