Gaúcho assume presidência nacional da Cruz Vermelha
Presidente e vice-presidente renunciaram ao cargo por suspeita de desvio de dinheiro
publicidade
Natural de Santiago, na região Central do Rio Grande do Sul, Lacorte explica que deve acumular funções e deixar o cargo na filial gaúcha, conforme prevê o regulamento, só em 30 dias. Além disso, pretende recuperar a imagem da instituição, desgastada com a suspeita de desviar dinheiro de campanhas e de contratos com órgãos públicos. “Pretendo recuperar e projetar a imagem da Cruz Vermelha além de seguir com auditoria e punir os culpados se a fraude for comprovada”, projetou.
A direção da Cruz Vermelha caiu depois que uma auditoria da Prefeitura de Balneário Camboriú em um contrato firmado com a entidade para gerenciar o Hospital Ruth Cardoso, no municípío catarinense. O acordo previa um repasse total de R$ 82 milhões. A filial gaúcha, que recebeu ordem da direção nacional para administrar a casa de saúde, teve os primeiros R$ 12,8 milhões depositados pela Prefeitura de Camboriú, entre agosto de 2011 e abril deste ano. Porém, o estudo técnico do município mostrou que pelo menos R$ 100 mil foram repassados para a ONG Humanus, localizada no Maranhão, em nome do vice-presidente da Cruz Vermelha. Além disso, a auditoria também mostrou que houve transferências para a filial da organização no estado maranhense.
Em entrevista coletiva na semana passada, Lacorte se defendeu dizendo que, apesar de ter recebido a determinação para gerenciar o hospital de Camboriú, foi a direção nacional, e não a filial gaúcha, que efetuou os supostos repasses irregulares.
Ele esclareceu ainda que vai seguir morando no Rio Grande do Sul e deve ser sucedido, na filial do Grande do Sul, pelo vice-presidente regional da instituição, Manoel Garcia Júnior.