GHC espera confirmar no início da semana se variante Delta causou surto em hospital

GHC espera confirmar no início da semana se variante Delta causou surto em hospital

Instituição, referência no tratamento da Covid-19, soma 47 infectados

Aristoteles Júnior / Rádio Guaíba

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O Hospital Nossa Senhora da Conceição, que é uma das referências para o tratamento da Covid-19 em Porto Alegre, segue investigando a origem do surto de Covid-19 que já atinge 47 pessoas entre pacientes e funcionários da instituição. Segundo balanço divulgado neste sábado, 35 pacientes e 12 trabalhadores testaram positivo para a doença.

A principal suspeita é de que as contaminações tenham sido causadas pela variante Delta, descoberta na Índia, conhecida por se espalhar com mais velocidade do que a Gamma, de origem brasileira. O Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen) é responsável pela análise genômica dos casos identificados no Conceição.

Até o momento, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), quatro amostras enviadas pelo hospital tinham indícios de infecção pela Delta. O diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Cláudio Oliveira, espera que os resultados definitivos sejam divulgados em breve.

“Até o começo desta próxima semana devemos ter as confirmações. A secretária Arita (Bergmann, da saúde estadual) e o secretário Mauro (Sparta, da saúde municipal) foram avisados por nós, na quinta-feira, logo quando o surto foi identificado. Eles colocaram toda a estrutura à nossa disposição, incluindo o Lacen”, explica o médico.

Infectados com quadro de saúde estável

Os primeiros casos de Covid-19 em pacientes internados no Conceição foram identificados nas unidades de neurologia e oncologia/hematologia. Pessoas com circulação em quatro andares diferentes do prédio do hospital já testaram positivo para a doença, o que indica que o surto não é localizado em uma ala específica.

“Entre pacientes e colaboradores, 67% das pessoas afetadas já estavam vacinadas antes entrarem em contato com o coronavírus. As pessoas que estavam internadas seguem em leitos clínicos, e os nossos funcionários estão em casa. Nenhum deles precisou de tratamento intensivo”, garante Oliveira.

Restrições

Para minimizar a situação, o GHC já adotou medidas como suspensão das visitas, exames e cirurgias eletivas por 15 dias. Além disso, o acesso às emergências está restrito a casos graves que chegarem via Samu. A instituição também se comprometeu a realizar o rastreio dos pacientes e testagem de todos os trabalhadores.


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