Goiás confirma dois casos da Síndrome de Guillain-Barré

Goiás confirma dois casos da Síndrome de Guillain-Barré

Rara e pouco conhecida doença pode ser provocada por zika

Agência Brasil

Rara e pouco conhecida, doença pode ser provocada por zika

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A Secretaria de Saúde de Anápolis, município de Goiás, confirmou nesta terça-feira a ocorrência de dois casos da Síndrome de Guillian-Barré na cidade, localizada a cerca de 50 quilômetros de Goiânia. O Departamento de Epidemiologia municipal investiga se os dois casos estão relacionados ao vírus Zika. A doença, que causa paralisia, pode ter outras causas.

Segundo a secretaria, os dois pacientes, um homem de 69 anos e um jovem de 29 anos, estão internados em hospitais públicos, recebendo os cuidados médicos. O idoso está internado na Santa Casa de Misericórdia. Já o rapaz foi transferido na noite dessa segunda-feira do hospital municipal para o Hospital de Doenças Tropicais. Ambos já foram submetidos aos exames clínicos necessários para identificar as causas da doença. Após serem analisados pelo Laboratório Central (Lacen), em Goiânia, os testes serão enviados para o Instituto Evandro Chagas, no Pará. O instituto é vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Os resultados só devem ser conhecidos em 60 dias.

Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Guillain-Barré é uma das mais frequentes manifestação neurológica verificada após a ocorrência de processos infecciosos causados pelo vírus da dengue e da chikungunya. Apesar da maior parte das manifestações estar relacionada aos processos infecciosos, não significa que seja exclusivamente por infecção relacionada à dengue, zika ou chikungunya. A síndrome pode apresentar diferentes graus de manifestação, apresentando desde leve fraqueza muscular em alguns pacientes ao quadro raro de paralisia total dos quatro membros.

Entre janeiro e julho de 2015, alguns estados da Região Nordeste notificaram a ocorrência de 121 casos de manifestações neurológicas e da síndrome com histórico de alguma patologia infecto-contagiosa prévia.  A síndrome não é de notificação obrigatória e, por isso, não há dados nacionais de registros da doença. O número de atendimentos ambulatoriais relacionados à Guillan-Barré, entretanto, cresceu 8% de 2014 para 2015. Dados internacionais apontam que até duas pessoas a cada 100 mil habitantes têm a doença por ano.


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