Governo de MG publica exoneração de secretário e número 2 da Saúde

Governo de MG publica exoneração de secretário e número 2 da Saúde

Afastamento dos principais coordenadores da pasta aconteceu após denúncias de "fura-filas" na vacinação de servidores

R7

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O médico Carlos Eduardo Amaral e o procurador Marcelo Cabral estão oficialmente exonerados dos cargos de secretário e adjunto de Saúde do Governo de Minas. A demissão dos coordenadores da pasta, assinada pelo governador Romeu Zema (Novo), foi publicada no Diário Oficial do Estado, neste sábado.

O documento também libera o médico Fábio Baccheretti da presidência da Fundação Hospitar de Minas Gerais (Fhemig) e o confirma como o novo secretário de Saúde. O cargo de secretário adjunto, até então ocupado por Cabral, segue sem ser preenchido.

O afastamento aconteceu em função de um desgate dentro do governo após a divulgação de denúncias sobre possível vacinação de servidores da Saúde que não seriam dos grupos prioritários. O caso foi relevado pelo R7 na última segunda-feira. A situação colocou o governo na mira de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O Ministério Público Estadual também investiga o caso.

Durante a semana, Amaral, que também recebeu as doses, negou as irregularidades. Segundo ele, os vacinados são funcionários que atuam diretamente nas ações de combate à Covid-19 ou que precisam realizar atividades de campo. Uma lista entregue por ele à ALMG aponta 828 trabalhadores da pasta imunizados.

"Incomodei alguns", diz ex-secretário

Quase 24 horas após perder o cargo de secretário de Saúde de Minas, em função de denúncias de 'fura-filas', o médico Carlos Eduardo Amaral quebrou o silêncio e se pronunciou, pela primeira vez, sobre a demissão. "Encerro um ciclo. Como secretário, primei pela legalidade, técnica, retidão e lealdade. Aprendi muito. Ajudei a salvar vidas. Incomodei alguns", escreveu o neurocirurgião em uma rede social.

Amaral não voltou a se explicar sobre as possíveis irregularidades. Em outra postagem, logo em seguida, Amaral agradeceu a parceria do então secretário adjunto, Marcelo Cabral, também exonerado. O médico lembrou que conheceu Cabral em uma reunião do partido Novo, legenda da qual os dois e o governador Romeu Zema fazem parte.

"Em 2019, fomos servir ao Estado na SES-MG. Apenas um combinado: 100% legal e foco nas entregas. Nesse tempo, lealdade, capacidade, integridade, conhecimento e amizade marcaram nossas ações. Sou extremamente grato ao meu amigo por ter se disposto a se aventurar comigo", pontuou o ex-secretário.

Tanto Amaral quanto Cabral estão na lista dos 828 servidores vacinados.


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