Governo determina envolvimento de Forças Armadas em logística de vacinação

Governo determina envolvimento de Forças Armadas em logística de vacinação

Bolsonaro disse que "praticamente todos os quartéis do Brasil têm esta condição"

AE e Agência Brasil

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Na semana marcada pela maior crise nas Forças Armadas brasileiras desde 1977, o presidente Jair Bolsonaro determinou que os militares tenham maior envolvimento na aplicação das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. "Por determinação do presidente, que está pessoalmente empenhado, teremos apoio das Forças Armadas, seja na logística de distribuição, no corpo técnico da Saúde, ajudando Estados e municípios a vacinar a população brasileira", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, neste sábado. Segundo o médico, o assunto foi conversado entre ele, Bolsonaro e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

A determinação foi reforçada por Bolsonaro hoje. “As Forças Armadas estão à disposição para começar também a vacinar, colaborar para vacinar. Praticamente todos os quartéis do Brasil têm esta condição”, disse Bolsonaro ao lado de Braga Netto, com quem visitou uma associação beneficente.

Enquanto tomava de uma sopa que seria oferecida a pessoas em necessidade, Bolsonaro disse que o governo tem combatido a Covid-19 com a vacinação, mas que “tudo tem limite”. Ele voltou a afirmar que não concorda com a política do “fecha tudo” no combate à pandemia.

“A guerra, da minha parte, não é política, é uma guerra que, realmente, tem a ver com o futuro da nação. Não podemos esquecer a questão do emprego”, acrescentou o presidente. Ele disse que governos estaduais têm imposto medidas restritivas mais severas, mas as circunstâncias dentro dos próprios estados variam.

Atualmente, os militares já prestam auxílio na campanha de vacinação contra o coronavírus. Uma notícia publicada pelo governo em fevereiro, por exemplo, destaca que os Comandos Conjuntos das Forças Armadas "permanecem apoiando" o transporte de equipes de saúde e a distribuição de vacinas contra a covid nas comunidades indígenas.

Ao falar sobre o assunto, Queiroga reconheceu que essa ajuda já existe. "Participação das Forças Armadas já existe nos programas de imunização, é só ampliar, logística, parte operacional", disse o ministro.

 


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