Governo federal adia reunião com servidores em greve
Trabalhadores pretendem endurecer o movimento e buscar mais membros para a paralisação
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A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) se reúne nesta segunda-feira para avaliar a medida do governo e determinar uma posição oficial. Os 350 mil trabalhadores que aderiram à paralisação devem fortalecer os protestos em todo o Brasil. De acordo com a confederação, apenas as categorias de base da Condsef representam 80% de todos os servidores do Executivo federal que aderiram à greve nacional. A categoria pretende buscar mais membros para a greve. A Condsef afirma que há entidades públicas mobilizadas, mas que ainda não paralisaram seus serviços.
Segundo o secretário geral da Condsef, Josemilton Costa, desde o dia 18 de junho - data do comando de greve nacional - que os trabalhadores pedem uma proposta concreta, que até hoje não foi apresentada. "Durante toda a greve, o governo reafirmava que apresentaria oficialmente o reajuste no dia 31. Na véspera da data eles anularam", afirma Costa.
Por meio da assessoria de comunicação, o Planejamento confirmou o envio do ofício, mas disse que a negociação da pauta geral foi apenas adiada. Segundo o órgão, as reuniões com as categorias para debater assuntos específicos estão mantidas. Para esta terça-feira está previsto, por exemplo, encontro com servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). De acordo com a pasta, os secretários precisam concluir trabalhos internos, após uma série de negociações que já aconteceram com outras categorias nos últimos meses.
O governo federal tem até o dia 31 de agosto, data prevista por lei, para apresentar uma proposta oficial aos servidores públicos. Segundo o ministério do Planejamento, a resposta às reivindicações será data até o dia 17.