Governo promete ajudar no plano de recuperação de estaleiro
Futuro do local será decidido pela Justiça nesta quinta
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Nesta quinta-feira, a Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RS decidirá se as assembleias de credores da Ecovix, em recuperação judicial, poderão ser realizadas. Sem isso, o caminho será a falência da empresa, dona do estaleiro e do dique seco, ativos avaliados em 1 bilhão de dólares. Com as reuniões, os participantes poderão avaliar o plano de recuperação proposto pela empresa.
Conforme o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, a expectativa é de que seja possível garantir a realização da assembleia da Ecovix com os cerca de 500 credores da empresa. “Dessa forma, poderemos alcançar uma solução negociada e não por força de uma decisão judicial, o que, em tese, terá celeridade na resposta no curto prazo.” Segundo ele, o futuro do estaleiro deve impactar não só a comunidade em Rio Grande e São José do Norte, mas a de todo o Estado.
A região, que chegou a ter mais de 10 mil trabalhadores em 2013, hoje tem cerca de 120 funcionários. "Sabemos que é muito importante para o Rio Grande do Sul manter aqueles ativos e, por isso, o governador José Ivo Sartori determinou, respeitando a independência entre os poderes, que nós façamos um contato com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul para conversar a respeito das decisões que serão tomadas nesta semana”, disse o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Evandro Fontana.
O diretor executivo da Ecovix, Christiano Morales, disse esperar que se defina pela continuidade da assembleia. Morales garantiu que a Ecovix segue interessada em investir no estaleiro. “É um ativo com enorme potencial. Esse plano de negócios que foi discutido vai trazer novos postos de trabalho e gerar valor para a região Sul como um todo.” A proposta, conforme Morales, é utilizar a estrutura além da indústria naval. “Temos área para implantar atividade portuária, com atracação de embarcações e movimentação de cargas e também, já no estaleiro, temos uma indústria extremamente automatizada, com capacidade de processar 100 mil toneladas de aço ao ano.”