Grandes lojas permanecem fechadas no Centro de Porto Alegre

Grandes lojas permanecem fechadas no Centro de Porto Alegre

Parte dos estabelecimentos atenderam os clientes apenas para pagamento de faturas nesta segunda-feira

Cláudio Isaías

Fechamento de parte do comércio não reduziu a circulação de pessoas no Centro da Capital

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As grande lojas do Centro de Porto Alegre permaneceram fechadas nesta segunda-deira para a surpresa de muitos clientes que achavam que os estabelecimentos comerciais estariam abertos. No entanto, uma loja de calçados da rua dos Andradas e diversas na rua Voluntários resolveram abrir, mesmo sem autorização da prefeitura.

Na sexta-feira e no sábado, véspera do Dia dos Pais, o comércio abriu. No sábado à tarde, às 16h, por determinação da Justiça, os estabelecimentos comerciais tiveram que fechar. Lojas como a Renner, Americanas, Gaston, Paquetá, Casas Maria, Marisa, Riachuelo, Pernambucanas, Magazine Luiza e Colombo não abriram as portas hoje.

Na rua dos Andradas, funcionários da Renner colocaram guichês na frente do estabelecimento comercial, com álcool em gel, para que os clientes pudessem realizar o pagamento de faturas. Não foi permitido a entrada do público na loja. Na Magazine Luiza e na Colombo, na rua Doutor Flores, o acesso de clientes aos dois estabelecimentos comerciais somente era permitido para o pagamento de faturas do cartão e contas de água,luz, IPTU, internet e telefone, no caso da Colombo. O que chamou atenção no Centro Histórico de Porto Alegre foi a grande circulação de pessoas nas ruas dos Andradas, Voluntários da Pátria, Alberto Bins e Doutor Flores.

O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, disse que diversos lojistas foram pegos de surpresa com a determinação do fechamento dos estabelecimentos comerciais no sábado e não funcionamento no domingo. As atividades no final de semana do Dia dos Pais estavam liberadas em decreto publicado pela prefeitura na quinta-feira passada.

"Esperamos que haja um acordo entre as autoridades para que possamos abrir o mais breve possível porque já foram perdidos cerca de sete mil postos de trabalho", ressaltou. Ele orientou que os lojistas respeitem as limitações mencionadas no último decreto estadual, conforme determinado em decisão judicial, pois, caso contrário, ficarão sujeitos à fiscalização e multa.

O Sindilojas Porto Alegre manifestou, ainda, a sua indignação em relação à situação e lamentou profundamente pela mobilização dos lojistas e funcionários do setor que, mesmo cumprindo com todos os protocolos de segurança necessários para combate à Covid-19, ficaram novamente impedidos de trabalhar e de tentar amenizar os imensos prejuízos obtidos com as restrições do decreto municipal.

"Estão sendo dias difíceis com o fechamento de muitas lojas e com demissões no setor", acrescentou. Conforme Kruse, os lojistas ficaram constrangidos com o fechamento das lojas no sábado de maneira abrupta. "Ficamos sabendo pela imprensa. Tudo aconteceu sem aviso nenhum, com força policial colocada à disposição do Ministério Público para fechar os estabelecimentos comerciais. Não somos criminosos, e não estamos sendo tratados com o devido respeito", destacou.

 


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