Greve da Cootravipa deixa recicladores de galpões sem renda para sustento
Aproximadamente 700 famílias vivem desta função em Porto Alegre
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Conforme a presidente da unidades de triagem Reciclando pela Vida, Marina Souza da Luz, em dias de coleta normal, são entregues pelos caminhões da Cootravipa pouco mais de uma tonelada de recicláveis. Sem a entrega, 60 famílias perderam a fonte de sustento, somente nessa unidade. “Eles arrecadam cerca de R$ 230 por semana. Estão em casa esperando o retorno da entrega dos lotes de recicláveis. Estão apavorados”, enfatiza.
Na Capital, aproximadamente 700 famílias vivem da renda da reciclagem nos galpões mantidos pela Prefeitura. O número não leva em conta os catadores individuais, não ligados ao sistema. A Justiça do Trabalho deu prazo de cinco dias a partir de desta sexta-feira para que a Prefeitura de Porto Alegre se manifeste sobre a ação da Cootravipa contra o município por atraso no repasse de verbas. Os cerca de 2 mil trabalhadores associados paralisaram os atividades desde o último dia 4 em virtude da falta de pagamento dos salários dos cooperativados.
A Cootravipa sustenta que sem os repasses de R$ 1,6 milhão atrasados, não é possível colocar caminhões na rua para realizar a coleta de lixo e limpeza de parques e praças. A vereadora Sofia Cavedon (PT), que está visitando as unidades de triagem, ressaltou que a cooperativa avaliou, ao participar de um encontro na Câmara, que um montante de R$ 350 mil já é possível colocar os caminhões na rua: “E o prefeito não acha uma solução para essas famílias”, lamentou.