Greve de servidores do GHC transfere início da reforma na emergência do Clínicas

Greve de servidores do GHC transfere início da reforma na emergência do Clínicas

Paralisação deve começar na próxima quarta-feira

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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A greve anunciada pelos funcionários do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) vai adiar a reforma na emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que deveria iniciar na segunda-feira. A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde explicou que há um acordo entre a pasta e a direção do HCPA prevendo a suspensão das obras em caso de paralisação. Na manhã desta sexta-feira, o secretário municipal Carlos Casartelli vai conversar com a direção do Clínicas para tornar oficial o adiamento. As duas casas de saúde, que já atendem acima da capacidade, são responsáveis pelas maiores emergências da Capital.

O GHC já foi comunicado pela Associação dos Servidores sobre a greve, prevista para começar na quarta-feira. A direção do Conceição lembrou que, por lei, 30% dos funcionários devem seguir trabalhando. "Vamos conversar com representantes para garantir assistência", informou o diretor-superintendente Carlos Eduardo Nery Paes.

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) cobrou, nessa quarta-feira, esclarecimentos públicos e um plano da Secretaria da Saúde da Capital para garantir que a população não sofra com a contingência e que médicos e trabalhadores não sejam sobrecarregados. "Não adianta só dizer que a demanda vai ser absorvida por outros serviços. Quais serviços, em que condições, em quanto tempo de atendimento?", ressaltou o presidente do sindicato, Paulo de Argollo Mendes. Os dirigentes da entidade advertem que os postões 24 horas e as demais emergências que atendem o SUS não estão preparados para dar conta de mais pacientes.

A paralisação de funcionários do GHC deve afetar o atendimento nos hospitais Conceição, Cristo Redentor, Fêmina e da Criança Conceição, em 12 postos de atendimento administrados pelo grupo em Porto Alegre,e  ainda na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacir Sclyar, gerenciada pelo GHC. A greve deve envolver todos os trabalhadores da área da saúde, exceto médicos e dentistas, que já firmaram acordo para reajuste salarial.

O presidente da Associação dos Servidores do Grupo Hospital Conceição, Arlindo Nelson Ritter, afirmou que a paralisação é em repúdio à posição da diretoria do GHC que, segundo ele, não negocia e não apresenta uma proposta adequada aos pedidos da categoria.


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