Greve dos municipários afeta áreas da Saúde e da Educação de Porto Alegre
Tribunal de Justiça do Estado concedeu liminar que assegura funcionamento dos serviços essenciais
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Durante a manhã desta quinta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que duas unidades registraram total fechamento: São Cristóvão, na zona Norte, e Beco do Adelar, na região Sul da cidade. No Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, apenas casos considerados graves estavam sendo atendidos. Já no Centro de Saúde IAPI, conforme a coordenação, os serviços de triagem, curativos especializados e estomia estavam paralisados por causa da greve.
A SMS também informou que os grevistas estavam cometendo um “desrespeito com a população”, pois estariam restringindo a entrada de pacientes no Hospital de Pronto Socorro (HPS). A informação, no entanto, foi contestada pelos municipários, que disseram que o serviço não foi interrompido.
O Tribunal de Justiça do Estado concedeu uma liminar em favor da prefeitura de Porto Alegre que assegura funcionamento em 100% para manutenção integral de serviços essenciais. A decisão especifica os serviços das áreas de Segurança Pública, assistência médica e hospitalar; comercialização e distribuição de medicamento e alimentos; abastecimento de água; saneamento; e captação de tratamento de esgoto e lixo. O descumprimento uma multa de R$ 100 mil por dia deve ser aplicada ao Simpa.
“A gente não entende essa liminar do TJ, porque está indo contra a Constituição Federal, que permite o direito de greve. Não se pode pedir 100% dos locais abertos”, disse o diretor do Sindicado, Jonas Reis. Ainda de acordo com ele, a liminar vai ser contestada pelo Simpa, que promete permanecer com a paralisação de forma expressiva.
“Nós não aceitamos os projetos na Câmara Municipal que podem reduzir em até 50% os nossos salários. É preciso que o prefeito tire imediatamente esses PLs de lá e estabeleça uma mesa de negociação com os municipários”, completou Reis. Ainda de acordo com ele, este ano os servidores não receberam sequer a reposição da inflação e estão ficando com “nome sujo” pois estão pagando juros de contas que estão devendo em função dos parcelamentos.