Greve dos municipários afeta áreas da Saúde e da Educação de Porto Alegre

Greve dos municipários afeta áreas da Saúde e da Educação de Porto Alegre

Tribunal de Justiça do Estado concedeu liminar que assegura funcionamento dos serviços essenciais

Henrique Massaro

Greve dos municipários afeta atendimento em postos de saúde de Porto Alegre Samuel Maciel

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O primeiro dia de greve dos servidores municipais afetou diretamente serviços prestados pelo município. A população pôde perceber a paralisação em áreas como a Saúde e a Educação, que registraram diminuição de suas atividades devido à mobilização chamada pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Simpa), que protesta contra parcelamento salarial e projetos de lei que, segundo eles, têm o objetivo de privatizar o município.

Durante a manhã desta quinta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que duas unidades registraram total fechamento: São Cristóvão, na zona Norte, e Beco do Adelar, na região Sul da cidade. No Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, apenas casos considerados graves estavam sendo atendidos. Já no Centro de Saúde IAPI, conforme a coordenação, os serviços de triagem, curativos especializados e estomia estavam paralisados por causa da greve.

A SMS também informou que os grevistas estavam cometendo um “desrespeito com a população”, pois estariam restringindo a entrada de pacientes no Hospital de Pronto Socorro (HPS). A informação, no entanto, foi contestada pelos municipários, que disseram que o serviço não foi interrompido.

O Tribunal de Justiça do Estado concedeu uma liminar em favor da prefeitura de Porto Alegre que assegura funcionamento em 100% para manutenção integral de serviços essenciais. A decisão especifica os serviços das áreas de Segurança Pública, assistência médica e hospitalar; comercialização e distribuição de medicamento e alimentos; abastecimento de água; saneamento; e captação de tratamento de esgoto e lixo. O descumprimento uma multa de R$ 100 mil por dia deve ser aplicada ao Simpa.

“A gente não entende essa liminar do TJ, porque está indo contra a Constituição Federal, que permite o direito de greve. Não se pode pedir 100% dos locais abertos”, disse o diretor do Sindicado, Jonas Reis. Ainda de acordo com ele, a liminar vai ser contestada pelo Simpa, que promete permanecer com a paralisação de forma expressiva.

“Nós não aceitamos os projetos na Câmara Municipal que podem reduzir em até 50% os nossos salários. É preciso que o prefeito tire imediatamente esses PLs de lá e estabeleça uma mesa de negociação com os municipários”, completou Reis. Ainda de acordo com ele, este ano os servidores não receberam sequer a reposição da inflação e estão ficando com “nome sujo” pois estão pagando juros de contas que estão devendo em função dos parcelamentos.

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