Grupo com 60 pessoas invadem a prefeitura de Sapiranga
Invasão foi motivada por falta de diálogo das famílias que ocupam um terreno de 26 hectares com a prefeita
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A Brigada Militar foi chamada e permaneceu no local a fim de garantir que os funcionários conseguissem realizar suas atividades. O motivo da ação, segundo Juliana Camargo, uma das líderes do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direito (MDT) é a falta de diálogo das famílias que ocupam um terreno de 26 hectares, situado no bairro Amaral Ribeiro, com a prefeita Corinha Molling.
“Ela alega que por ser um terreno particular não quer tratar sobre ele mas sabemos que a área é de um familiar dela. A reintegração de posse está marcada para esta quarta-feira e as famílias querem ao menos dialogar. Até agora elas não foram ouvidas”, afirmou Juliana.
Segundo ela, parte das 150 famílias que ocupam a área desde o dia 2 de maio, já estão cadastradas na Secretaria de Habitação do Município, mas não existe nenhum projetos habitacional para que eles sejam beneficiados. As famílias alegavam que não deixariam a sede do executivo até que fossem recebidos pela prefeita.
Corinha Molling, porém, de acordo com sua assessoria de imprensa, não poderia realizar reunião com os moradores na tarde desta segunda-feira, mas se prontificou a ir até o terreno ocupado na manhã de quarta-feira para conversar apenas com as famílias, o que não foi aceito pelos representantes do MDT. Ainda segundo a assessoria de imprensa de Sapiranga, a prefeita não está comentando sobre a área em questão.
Além disso, o município enfatiza que a existem projeto de casas populares, como 256 apartamentos do Residencial Centenário, já entregues e mais 101 novas casas que estão em construção no Bairro São Jacó. A Secretaria da Habitação ainda destaca que a negociação com empreiteiras locais para a realização de mais 416 moradias no Bairro São Luiz está em andamento.
Este último projeto, no entanto, sofre com a falta de repasse de recursos federais de acordo com a pasta. No último sábado, outro terreno foi invadido na cidade. Cerca de 50 famílias ocuparam uma área de aproximadamente dois hectares na Travessão Ferrabraz.
De acordo com o líder do grupo, Valdonir Vargas, as famílias não fazem parte do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direito (MTD) e está ocupando a área, lutando apenas por moradia digna.
“Não temos envolvimento com nenhum partido. Queremos apenas uma casa digna com um preço justo para nosso orçamento. Estamos tentando agendar um encontro para conversar com a prefeita até o final desta semana”, explicou.
