Grupo de 23 brasileiros é deportado de viagem às Bahamas

Grupo de 23 brasileiros é deportado de viagem às Bahamas

Autoridades locais alegaram que denúncia dava conta de imigrantes ilegais que pretendiam chegar aos EUA

Marco Aurélio Ruas

Autoridades locais alegaram que denúncia dava conta de imigrantes ilegais que pretendiam chegar aos EUA

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As férias de 23 brasileiros que desembarcaram, na quarta-feira, em Nassau, nas Bahamas, acabou em pesadelo. Todos foram deportados ao Brasil. Apenas um dos que estavam no voo 196 da Copa Airlines conseguiu ingressar no país caribenho. Ele é amigo de um funcionário da embaixada brasileira, e portava uma carta-convite de visita. O grupo ainda foi mandado para o Panamá antes de retornar ao Brasil. A defensora pública gaúcha Loraina Raquel Scottá foi uma das pessoas que ficaram mais de 30 horas retidas e, na maior parte do tempo, sem local para realizar hábitos de higiene e dormir.

   

O marido da defensora pública, Cristiano Cavalca, contou que a esposa viajou acompanhada da mãe. Segundo ele, as autoridades locais alegaram que uma denúncia anônima dava conta de que um grupo de imigrantes ilegais com intenção de fazer ingresso nos Estados Unidos, via Bahamas, estaria no voo da 196. “Elas estavam de posse de seus passaportes, vouchers, cartões de créditos, certificados de vacinação da ANVISA e tudo que fosse necessário para comprovação de que estariam no país apenas para turismo”, relatou Cavalca. De acordo com ele, a defensora pública ainda relatou que as autoridades das Bahamas não dialogavam e nem apresentaram justificativas para a detenção.

“Minha esposa e sogra sofreram humilhações, maus tratos, tiveram seus passaporte retidos e ambas foram novamente enviadas em um voo para a Cidade do Panamá”, criticou. Elas embarcaram para o Caribe no início da madrugada do dia 2. A agência onde foram comprados os pacotes de viagens foi acionada pelo marido. Entretanto, conforme ele, ninguém da empresa esteve no local onde o grupo foi detido e nem entrou em contato.

Em nota, A Defensoria Pública do Estado afirma que acionou o escritório de representação do Ministério das Relações Exteriores no Brasil e a Divisão de Assistência Consular do Itamaraty, para intervenção e tomada de providências

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