Grupo de moradores tenta impedir mudança de terreno da quadra da Restinga

Grupo de moradores tenta impedir mudança de terreno da quadra da Restinga

Mudança da sede da escola de samba precisa de aval da Prefeitura e da Câmara de Vereadores

Rádio Guaíba

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Por Samantha Klein

A possível mudança de endereço da quadra de ensaios da Estado Maior da Restinga envolve uma disputa econômica entre o atual grupo que dirige a escola e um de oposição. Em meio à polêmica, está à instalação de um hipermercado Superkan no local. Os moradores já fazem mobilização para impedir a permuta entre a escola de samba e a empresa. O Ministério Público e a Câmara de Vereadores foram acionados pela comunidade.

Segundo o presidente da escola, Robson Dias, a permuta do terreno para um local a 1,5 km do atual endereço, também na estrada João Antônio da Silveira, é vantajosa. Existe um pré-projeto de instalação da quadra, a ser apresentado ao Conselho Deliberativo da Estado Maior da Restinga nos próximos dias “É um espaço maior com climatização, acessibilidade universal e adequação ao Plano de Prevenção contra Incêndio exigido pelos Bombeiros”, ressaltou.

Porém, o ex-presidente da Restinga, Aldo Rebelo Carlos, lidera um grupo contrário à modificação. Segundo o atual dirigente, ele não admite a mudança porque também é sócio de uma rede de supermercados.

Já a presidente da Associação dos Moradores da Restinga, Lídia Maria Albuquerque, confirmou que está circulando um abaixo-assinado para obrigar os sambistas a aprovarem a mudança sob pena de serem impedidos de participar das atividades da Tinga. A líder comunitária sustenta que a mudança para um terreno maior não vai garantir melhorias para a escola. “Se temos um gigante que não está sendo bem administrado, vão fazer melhor em outro terreno ainda maior no meio do mato? Quanto de energia vai ser necessário, se a luz não é paga desde 2007 e a quadra funciona ‘com gato’ desde então?”, questiona.

O terreno onde a escola está instalada pertence ao Departamento Municipal de Habitação (Demhab). A mudança precisa de aval da Prefeitura e da Câmara de Vereadores.

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