Grupo deixa cúpula isolada no Havaí após oito meses "em Marte"
Experimento da Nasa avalia relações de futuros astronautas por longo tempo isolados
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Os voluntários, quatro homens e duas mulheres, saíram da cúpula no domingo, ansiosos para saborear comida fresca e aproveitar o ar livre. "Uma das coisas que senti falta de casa foi a culinária portuguesa", disse o membro da equipe Brian Ramos. O programa é financiado pela Nasa, que espera enviar os primeiros astronautas ao Planeta Vermelho na década de 2030.
A capacidade da eventual equipe de se dar bem, assim como sua mistura de personalidades, serão essenciais para que a missão seja proveitosa, relatou Kim Binsted, que lidera a pesquisa para a Universidade do Havaí. "Ter alguma variedade é uma coisa boa", avaliou. "É como se estivéssemos tentando montar uma caixa de ferramentas para ir a Marte: não colocamos apenas martelos, mesmo que sejam os melhores martelos no sistema solar".
Binsted disse que, embora os conflitos sejam inevitáveis, a última tripulação se saiu bem em suas tarefas fundamentais. Os cientistas monitoraram as interações da equipe para detectar sinais de conflitos emocionais, e lhes deram dispositivos de realidade virtual para ajudar a lidar com o estresse.
Para tornar o experimento mais realista, os membros da tripulação tinham que utilizar trajes espaciais sempre que saíam da cúpula, localizada em um lugar remoto de Mauna Loa. Eles também podiam enviar e-mails para amigos e familiares, mas com um atraso de 20 minutos. Está previsto que outra missão de oito meses comece em janeiro de 2018.