Grupo faz novo protesto contra corte de árvores em Porto Alegre

Um pequenos grupo de manifestantes está reunido na praça Montevidéu, em frente à Prefeitura de Porto Alegre, para fazer novo protesto contra o corte de árvores no entorno da Usina do Gasômetro. Cerca de 15 guardas municipais fazem a segurança do Paço Municipal. Um cordão de isolamento foi colocado na escada do prédio com o intuito de evitar depredações. Soldados do Batalhão de Operações Especiais (BOE), da Brigada Militar (BM), estão no interior de um microônibus estacionado na rua Uruguai, ao lado do Paço. O protesto, até o momento, é silencioso.

Após o impasse envolvendo o corte das árvores para a duplicação da avenida Edvaldo Pereira Paiva, a prefeitura de Porto Alegre retomou nesta segunda-feira os trabalhos com a colocação das máquinas no local. A previsão de conclusão é para abril de 2014. Conforme o secretário de Gestão, Urbano Schimitt, o número de árvores cortadas foi reduzido em relação ao projeto original, mesmo assim, a compensação será mantida. No total estão previstas 2 mil árvores nos seis quilômetros da avenida Beira-Rio.

A duplicação do trecho sofre a contestação de entidades que afirmam não ser necessária a ampliação da via. Urbano Schimitt, no entanto, defende o projeto que, segundo ele, irá fortalecer a atuação do transporte coletivo na cidade. Cinquenta e sete árvores foram derrubadas na última semana e outra seis árvores que ainda permanecem no local dependem de decisão judicial.

A nova Edvaldo Pereira Paiva vai se integrar a outros projetos urbanísticos em andamento na cidade - o projeto da Orla e o do Cais Mauá. Atualmente, mais de 46 mil veículos trafegam diariamente pela avenida. A compensação ambiental pela retirada de 57 vegetais será feita com a plantação de 401 novas árvores, sendo que 130 já foram plantadas no entorno da avenida.